ATA DA TRIGÉSIMA QUINTA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 27-4-2011.

 


Aos vinte e sete dias do mês de abril do ano de dois mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Emerson Dutra, Engenheiro Comassetto, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Mauro Pinheiro, Nilo Santos, Sofia Cavedon e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, a senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Beto Moesch, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo e Tarciso Flecha Negra. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofício nº 367/11, do senhor Prefeito; Comunicados nos 290903, 290904, 290905, 290906, 290907, 290908, 290909 e 290910/11, do senhor Daniel Silva Balaban, Presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Vigésima Primeira, Vigésima Segunda, Vigésima Terceira, Vigésima Quarta, Vigésima Quinta, Vigésima Sexta, Vigésima Sétima, Vigésima Oitava e Vigésima Nona Sessões Ordinárias e da Primeira e Segunda Sessões Solenes. Em TEMPO DE PRESIDENTE, pronunciou-se a vereadora Sofia Cavedon. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Paulinho Rubem Berta e Mauro Pinheiro. Na oportunidade, o vereador Pedro Ruas formulou Requerimento verbal, solicitando que os vereadores Paulinho Rubem Berta e Elias Vidal fossem indicados para representar externamente este Legislativo, hoje, na solenidade de inauguração de etapa de obras de saneamento básico na Vila Ipê São Borja, a ocorrer às quinze horas. A seguir, constatada a existência de quórum deliberativo, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador João Carlos Nedel, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Às quatorze horas e quarenta e sete minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Votação, foram votados conjuntamente e aprovados os Requerimentos nos 021 e 026/11 (Processos nos 1370 e 1559/11, respectivamente). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 011/11 (Processo nº 0940/11). Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 021/11 (Processo nº 0838/11), por vinte e seis votos SIM, tendo votado os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elói Guimarães, Emerson Dutra, Engenheiro Comassetto, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Após, foi apregoada a Emenda nº 01, de autoria do vereador Beto Moesch, Vice-Líder da Bancada do PP, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 164/09 (Processo nº 3628/09) e foi aprovado Requerimento de autoria de Sua Excelência, solicitando que essa Emenda fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Legislativo nº 164/09 (Processo nº 3628/09), após ser discutido pelos vereadores Emerson Dutra, Beto Moesch, Sebastião Melo, Professor Garcia, Engenheiro Comassetto, Pedro Ruas, Mauro Zacher, Toni Proença e Elói Guimarães. Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 164/09. Foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 164/09, por treze votos SIM, onze votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelo vereador Nelcir Tessaro, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Elói Guimarães, Emerson Dutra, Engenheiro Comassetto, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença, votado Não os vereadores Alceu Brasinha, Idenir Cecchim, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo e optado pela Abstenção os vereadores Bernardino Vendruscolo e Dr. Thiago Duarte. Na oportunidade, o vereador Reginaldo Pujol procedeu à entrega, à senhora Presidenta, de atestado médico assinado pelo senhor Marco Antonio Fossati, do Centro de Cardiologia do Hospital Moinhos de Vento, informando que Sua Excelência compareceu a consulta naquele Centro, na tarde de hoje. Também, em face de questionamento formulado pelo vereador Nilo Santos, a senhora Presidenta procedeu à leitura do Ofício nº 365/11, do senhor Prefeito, tendo-se manifestado a respeito os vereadores DJ Cassiá, Mario Fraga, Nilo Santos, Mauro Pinheiro e Pedro Ruas. Ainda, o vereador Pedro Ruas formulou Requerimento verbal, indeferido pela senhora Presidenta, solicitando o adiamento da votação do Projeto de Lei do Legislativo nº 164/10. Às quinze horas e cinquenta e seis minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e cinquenta e oito minutos, constatada a existência de quórum. A seguir, foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Professor Garcia, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares do dia dois ao dia quatro de maio do corrente. Em continuidade, foi apregoado o Memorando nº 069/11, firmado pela vereadora Sofia Cavedon, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa a Representação Externa do vereador Adeli Sell, hoje, na Sessão Solene da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul alusiva ao Dia do Trabalho, às quatorze horas, no Plenário 20 de Setembro do Palácio Farroupilha, em Porto Alegre. Também, foi apregoado o Ofício nº 410/11, do senhor Prefeito, informando que se ausentará do Município das nove horas e cinquenta minutos do dia trinta de abril às vinte horas e trinta e cinco minutos do dia primeiro de maio do corrente, quando acompanhará a Fórmula Indy, a ser realizada no Município de São Paulo – SP. Após, foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Paulinho Rubem Berta, solicitando a retirada de tramitação do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 025/09 (Processo nº 4414/09). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 263/09 (Processo nº 6072/09), após ser discutido pelo vereador Bernardino Vendruscolo. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 017/09 (Processo nº 3030/09), o qual deixou de ser apreciado, em face de Requerimento verbal formulado pelo vereador Mauro Pinheiro, aprovado, solicitando sua retirada da priorização para a Ordem do Dia da presente Sessão. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 041/10 (Processo nº 4327/10). Às dezesseis horas e sete minutos, a senhora Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Na oportunidade, em face de Questão de Ordem formulada pelo vereador Reginaldo Pujol, a senhora Presidenta prestou esclarecimentos acerca da tramitação, neste Legislativo, do Projeto de Resolução nº 005/11 (Processo nº 0344/11). Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 016/11, discutido pelos vereadores Aldacir José Oliboni, Adeli Sell e Mario Fraga; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Executivo nos 016, 015/11, este discutido pelo vereador Engenheiro Comassetto, e 017/11, este discutido pelos vereadores Engenheiro Comassetto, Carlos Todeschini, Adeli Sell e Mario Fraga. Na ocasião, o vereador Sebastião Melo formulou Requerimento verbal solicitando a ouvida da Procuradoria deste Legislativo quanto às normas legais que regem os serviços de transporte seletivo por lotação em Porto Alegre, tendo-se manifestado a respeito os vereadores Engenheiro Comassetto e Sebastião Melo e tendo o senhor Presidente solicitado que esse Requerimento fosse apresentado por escrito. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Luciano Marcantônio, Idenir Cecchim, Beto Moesch, Airto Ferronato, Reginaldo Pujol, Aldacir José Oliboni, este pela oposição, e João Carlos Nedel, este pelo Governo. Após, foi apregoado Requerimento de autoria dos vereadores Reginaldo Pujol e Sebastião Melo, solicitando renovação de votação para o Projeto de Lei do Legislativo nº 164/09. Em continuidade, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador Waldir Canal (Processo nº 1565/11), deferido pela senhora Presidenta, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, do dia dois ao dia cinco de maio do corrente, no seminário internacional “Educação e Desenvolvimento – integrando políticas”, no Auditório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA –, em Brasília – DF. Durante a Sessão, os vereadores Paulinho Rubem Berta, Alceu Brasinha, Sebastião Melo, Idenir Cecchim, Pedro Ruas, Mauro Zacher e João Carlos Nedel manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às dezessete horas e vinte e três minutos, nada mais havendo a tratar, a senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon e pelos vereadores DJ Cassiá e Toni Proença e secretariados pelo vereador Toni Proença. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo senhor 1º Secretário e pela senhora Presidenta.

 

 


A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Solicito ao Ver. DJ Cassiá que assuma a presidência dos trabalhos.

 

(O Ver. DJ Cassiá assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra em Tempo de Presidente.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, na segunda-feira, nós tivemos uma Sessão com muitas matérias a tratar, e não pude fazer uma comunicação das decisões e de outros assuntos que a Mesa Diretora deliberou, mas eu gostaria de chamar a atenção para uma semana muito intensa e dedicada, fundamentalmente, à acessibilidade, à escuta da população, ao empoderamento popular.

Hoje à noite, teremos uma Audiência Pública, contando com o Ver. Airto Ferronato, que coordena a Comissão Especial da Copa, à qual todos os Vereadores estão convidados. É uma audiência voltada para a escuta das famílias do bairro Cristal, que estão angustiadas com as movimentações que estão sendo produzidas por obras na Vila Tronco. Elas pedem mais diálogo, querem ter certeza de para onde vão, querem participar da decisão do tamanho da sua casa.

Amanhã, será o dia da Audiência Pública que discute o Plano Diretor de Acessibilidade. Nós decidimos fazer essa Audiência Pública, que está em debate na CUTHAB, cujo Relator, o Ver. Comassetto, constituiu inclusive uma Subcomissão, um grupo de trabalho, e está convidando todos para, na sexta-feira, fazer um reconhecimento em relação ao tema da acessibilidade. Então, amanhã à noite, será a Audiência Pública, e, na sexta-feira, às 14h, haverá uma verificação da acessibilidade no Centro da Cidade, com concentração na frente da Prefeitura. São formas de a Câmara ir fazendo a interlocução entre o que discute e vota e entre o que acontece na Cidade.

Hoje, pela manhã, nós estivemos - éramos cinco Vereadores - em duas paradas diferentes de ônibus da Zona Norte. Os Vereadores presentes eram a Verª Maria Celeste, o Ver. Brasinha, o Ver. Paulinho Rubem Berta, o Ver. Mauro Pinheiro e eu. Foi importante novamente voltar aos ônibus. Eu quero dizer para V. Exas que eu sei que isso pode causar algum constrangimento com o Governo Municipal, mas a postura do Diretor da EPTC tem sido de receber as reclamações, de chamar as empresas, de buscar soluções, e acho que é esse o nosso papel.

Na segunda-feira desta semana, Verª Maristela Maffei, também aconteceu uma importantíssima reunião na Lomba do Pinheiro, resultado da mobilização da comunidade, da atenção que a Câmara deu para o tema dos ônibus na Lomba do Pinheiro. O Prefeito, Secretários e Vereadores estiveram lá escutando a população, que chama e clama por mudanças, principalmente no trânsito e no tema da educação.

Na sexta-feira, nós iremos novamente à comunidade, mantendo o nosso compromisso de visitar as comunidades, e será na Vila Páscoa. Eu antecipo que lá o tema principal é a saúde, o posto de saúde, a falta de médicos, a pouca disponibilidade de fichas, Ver. Oliboni. E a gente sabe que ali, inclusive, não deve ser a situação mais grave da Cidade.

Hoje de manhã, o jornalista João Garcia elogiava a Câmara na Rádio, elogiava o conjunto dos Vereadores por estar cumprindo o seu papel de fiscalização. Na segunda-feira, à noite, os moradores da Lomba do Pinheiro diziam isto: “E os Vereadores que cumpram o seu papel de fiscalização!” Quero compartilhar com V. Exas que eles fazem isso inúmeras vezes. Eu chego aqui, e os carros da Câmara estão saindo com grupos de Vereadores. Os Vereadores atuam isoladamente, mas, quando a Instituição sublinha, chama e dá importância, a Câmara cresce diante da população de Porto Alegre. Essa é a minha sensação, e eu espero que seja a de Vossas Excelências. Acho que temos tido resultados importantes; não serão resultados mágicos, mas movimentações e mobilizações importantes.

Hoje ao meio-dia, estive no quiosque da Câmara, no Mercado Público, e, por coincidência, o Jornal do Centro estava lá para verificar o nosso plantão. Eu fui, porque estamos fazendo a reforma, e a Fernanda, que ia hoje, ontem me avisou que não iria, porque está em licença; assim, decidi cobrir o nosso plantão, que é muito importante.

O Ver. Cecchim nos deu a sugestão de colocar uma televisão para transmitir as Sessões da Câmara, e ontem tratei com a PROCEMPA sobre isso.

Sexta-feira, ao meio-dia, estaremos reinaugurando o novo layout do nosso quiosque, da nossa Ouvidoria, da nossa Câmara avançada, Ver. Nedel, e lá vamos incorporar uma ação da Frente Parlamentar da Leitura, aquela ideia das estantes que foi apresentada aqui, na 5ª Temática. Então, teremos uma estante a partir de sexta-feira, e aqui convido o conjunto dos Vereadores a divulgar e a levar o seu livro na sexta-feira, ao meio-dia. Peço para já selecionarem em casa um livro para deixar na estante. Vocês sabem que, na estante, quem quer pega o livro, e quem tem livro para doar doa. Acho que isso vai revitalizar a nossa Ouvidoria lá no Mercado, para a população ir construindo nexos, com mais nexos positivos com a Câmara de Vereadores.

No sábado, a Ouvidoria estará na grande festa do Rubem Berta, uma agenda com que a Ouvidoria já está comprometida há tempos. Estaremos lá com a nossa tenda à tarde; assim, caso os Vereadores puderem passar na grande Festa do Rubem Berta, estaremos lá.

A nossa comemoração pelo Dia do Trabalho, com que estávamos preocupados, porque há atividades que as centrais sindicais fazem, será no período de Comunicações da próxima segunda-feira, no dia 2. Hoje, inclusive, votaremos o Requerimento. Acho importante esse momento para a Câmara fazer a sua reflexão e o seu reconhecimento pelo Dia do Trabalho.

Há uma novidade importante - a última, prometo: nós teremos, nesta Casa, Boaventura Sousa Santos, o sociólogo português que o Ver. Nedel, pelo jeito, não aprova muito, mas que tem contribuído demais na reflexão dos movimentos sociais, por uma sociedade mais igualitária e também na Educação. O Boaventura virá numa parceria com a Assembleia Legislativa e com a Câmara Federal. No dia 9, à noite, ele estará na Assembleia Legislativa discutindo o tema da violência e da intolerância. Ele aceitou vir a esta Casa gratuitamente, no dia 10 de maio, período em que estará em Porto Alegre. Já conversei com o Ver. Professor Garcia, nosso Presidente da CECE, sobre o tema da Educação, pois o Boaventura tem uma grande contribuição em outra temática, e muito Vereadores vêm a esta tribuna e questionam o tema da qualidade, levantam o tema da Educação... Portanto, acho que será uma bela contribuição para a sociedade e para a Câmara de Vereadores. Isso será no dia 10 de maio, uma terça-feira, e teremos tempo para trabalhar melhor a divulgação desse encontro.

Eu encerro compartilhando com V. Exas um tema que me surpreendeu. Pode ser algo que talvez vocês considerem mais banal, mas eu recebi, para promulgar, o Orçamento de 2011 da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, a Peça Orçamentária, Ver. Nedel. (Mostra pasta do Orçamento.) O Prefeito José Fortunati optou por silenciar em relação ao Orçamento! Não o promulgou, devolveu-o à Câmara para que isso seja feito. Vou fazê-lo, mas quero dizer a V. Exas que nós não temos, obviamente, como imaginar as razões desse silêncio. Recordo que esta Casa fez um debate intenso, quando o aprovou em conjunto; decidiu, politicamente, em conjunto, aprovar todas as Emendas apensadas ao Orçamento, porque o Município conversaria com as Bancadas, e, na discussão dos Vetos, um grande número de Vetos, esta Casa fez um acordo para a manutenção da maioria dos Vetos e a derrubada de apenas três deles.

Então, informo e lembro a V. Exas que, portanto, a Câmara de Vereadores está promulgando o Orçamento da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, que é de R$ 4.165.313.000,00, quase em maio deste ano. Então, a responsabilidade é nossa, a Prefeitura silenciou, e estamos promulgando com três emendas. Portanto, com uma contribuição sem ser aquelas incorporadas pelo relatório, mas que foram poucas: a Emenda do Ver. Engenheiro Comassetto, construção da Escola de Ensino Fundamental no Extremo-Sul; a Emenda do Ver. Aldacir Oliboni, recuperação da praça de esportes dos moradores do Núcleo Residencial Cefer; e a Emenda dos Vereadores Fernanda Melchionna e Pedro Ruas. Uma derrubada de Veto, ação da Câmara de Vereadores. Portanto, em respeito a isso, mas estranhando, vou cumprir a minha função, porque acho que a Câmara aprovou o Orçamento, mas cumpro a minha função temerosa das razões pelas quais o próprio Prefeito não sancionaria, não promulgaria, uma vez que houve um acordo de liderança do Governo com a oposição para a derrubada desses Vetos e para a manutenção de uma série de outros Vetos. Então, comunico e compartilho com V. Exas mais essa responsabilidade da Câmara de Vereadores.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

(A Verª Sofia Cavedon reassume a presidência dos trabalhos.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Srª Presidente; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; todos que nos assistem; uma referência aqui à Verª Maristela Maffei, Ver. Emerson, estivemos, segunda-feira, dia 25, no Conselho Popular da Lomba do Pinheiro, para tratar de diversos temas relacionados àquela região, como transporte, saúde, segurança. Estiveram presentes representantes de diversas Secretarias, Vereadores - Oliboni, Comassetto; a nossa Presidente, Sofia Cavedon; Marcantônio, Maristela Maffei - estou com medo de fazer uma injustiça aqui e esquecer de alguém -; EPTC, o Secretário Casartelli e diversas autoridades acompanhando o Prefeito José Fortunati, que deu diversos encaminhamentos. Entre esses encaminhamentos, é a solicitação - já estou solicitando, e é uma solicitação da Vereadora também - de uma reunião da CUTHAB em que deveremos tratar com a PGM, a SPM, o DEMHAB e a SMAM temas relativos à organização e montagem do Conselho Gestor sobre o consórcio da Lomba do Pinheiro. Então, eu peço ao Presidente da CUTHAB, Ver. Pedro Ruas - vamos encaminhar para ele o Requerimento -, para que, com urgência, possamos discutir isso para que a Lomba saia da estagnação e comece a andar para um futuro de melhor qualidade de vida para aquelas pessoas que lá residem e que não são poucas. Temos diversos problemas, alguns gargalos que precisamos abrir, e, só através da Comissão, poderemos dar esse encaminhamento e essa organização.

Quero aproveitar para convidar todos, funcionários, Vereadores, todos da Casa e de Porto Alegre para que, no dia 30, sábado, a partir das 14 horas, na Av. Adelino Ferreira Jardim, como já disse a nossa Presidenta aqui, onde a Câmara estará presente através da Ouvidoria, para uma grande festa popular que estará comemorando os 24 anos de uma ocupação bem sucedida na cidade de Porto Alegre, em que mais de cinco mil famílias hoje detém a sua moradia própria, escriturada, se organizando, revitalizando aquela região. Teremos diversas atrações, entre elas - peço desculpas por dizer - Enzo e Rodrigo, que estarão se apresentando lá. Será uma festa muito bonita na avenida, termos um bolo de 24 metros, e convido todos para provarem esse bolo, que é muito gostoso. Quero agradecer aqui a todas as pessoas que, de uma maneira ou de outra, contribuíram para essa festa. Está assegurada a presença do Prefeito, de diversos Secretários, e diversos Vereadores colaboraram com essa festa para que ela se realizasse. Ela terá diversas distribuições de brindes, sorteios de brindes, e estaremos lá. Então, convido todos, dia 30, sábado, a partir das 14 horas, no Rubem Berta, na Av. Adelino Ferreira Jardim, com um palco de cem metros e com diversas atrações artísticas. Quero agradecer a todos a colaboração. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Paulinho Rubem Berta, V. Exª não estava ainda, mas fiz referência, na minha fala, à sua presença nos ônibus, e nós estávamos em paradas diferenciadas, foi importante. Está na imprensa, está na nossa nota a presença dos três Vereadores na outra parada de ônibus.

 

O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Quero agradecer, Presidente, com todo o carinho que tenho pela senhora; nós estávamos lá a partir das 6h05min, onde compareceram o Ver. Brasinha, a Verª Maria Celeste, conversamos com a população, ouvimos a população e estaremos encaminhando algumas indicações de soluções para os problemas daquele conjunto habitacional e daquelas linhas de ônibus que lá estão, entre eles, um dos problemas são os abrigos que precisam ser trocados, reestruturados, porque, como está vindo o inverno, são abrigos muito comuns e muito antigos. Obrigado pela sua referência.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito bom. De fato, esses três Vereadores foram numa parada no final da linha, e eu e o Ver. Mauro Pinheiro fomos em outra. Sendo o Ver. Mauro Pinheiro da região, achei que estávamos no lugar certo. Pegamos o ônibus, eu e o Ver. Mauro, voltamos, mas o grupo não estava mais. Ou seja, hoje, Ver. Brasinha, nós estivemos em dois pontos simultaneamente.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Srª Presidente, realmente, houve esse desencontro, mas nós estávamos bem presentes na avenida, não sei como não nos encontramos. Eu cheguei às 6h15min, e o Ver. Paulinho Rubem Berta estava lá antes das 6h, aí chegou a Verª Maria Celeste, fizemos um roteiro, mesmo V. Exª não estando junto, mas fizemos o nosso trabalho como Vereadores e fiscais da Cidade.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito bem, Ver. Brasinha; falei para toda a imprensa nos cinco nomes dos Vereadores, eu e o Ver. Mauro, às 6h30min, esperamos um pouco, na verdade, pois nós nunca temos as confirmações de quem vai, por isso não temos como ficar ligando para o conjunto dos Vereadores. Mas a cobertura foi muito importante, tanto que, em um ônibus que nós pegamos, alguém disse: “Ah, por isso é que tinham os Vereadores lá na saída?” Então, isso é muito importante para a Câmara.

O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; demais Vereadores e Vereadoras; público das galerias; público do Canal 16, o Prefeito não assinar, não promulgar a Lei - uma das principais leis desta Cidade, que é o Orçamento, Ver. Cecchim - nos deixou bastante preocupados, e até fomos pegos de surpresa, agora, com o pronunciamento da Verª Sofia, Presidente desta Casa. O Prefeito José Fortunati deixou de ter a preocupação, se omitiu, Ver. Oliboni, está se omitindo de assinar, de promulgar uma lei, que é uma das principais desta Cidade, o Orçamento, que é onde está previsto como vai ser investido, Ver. Marcantônio, que é Líder do PDT. Eu acho que foi cometido um equívoco pelo Prefeito. Gostaria de entender, gostaria que viesse a esta tribuna o Líder do Governo para nos explicar o motivo pelo qual o Prefeito se omite de assinar o Orçamento da cidade de Porto Alegre, deixando para a Presidente da Casa assinar e promulgar essa Lei.

Realmente, ficamos muito surpresos, pois ninguém nesta Casa se recorda se algum dia aconteceu um fato desta natureza, de o Prefeito se omitir do Orçamento feito por ele, porque esse Orçamento vem do Executivo. Aqui nesta Casa, várias emendas foram construídas pelos Vereadores, em torno de 70 emendas foram construídas. Foi feito um acordo com o Líder do Governo, em que foram aprovadas todas as emendas; foi para o Executivo, e foram vetadas essas emendas, todas as emendas desses Vereadores foram vetadas, e voltaram a esta Casa. Fizemos novo acordo, conseguimos aprovar três emendas, e agora o Prefeito não recebe o Orçamento de volta. Isso é um fato muito desagradável, porque demonstra a despreocupação do Paço Municipal com o Orçamento do Município, um fato lamentável, e eu acho que tem que ter tido algum equívoco.

Esperamos que o Governo se pronuncie o mais rápido possível, Ver. Luiz Braz, nos explicando o porquê de não promulgar a Lei, uma das principais leis desta Cidade. Isso só pode ser mais um erro de gestão da Prefeitura, mais um erro de gestão, pois o Orçamento é peça fundamental de qualquer Município, e o Prefeito não pode se omitir de assinar, de promulgar uma lei fundamental para a Cidade, onde é previsto o que vai ser feito, onde vai ser investida a Receita do Município. É lamentável, Ver. Tarciso! A Presidente desta Casa vai ter que promulgar, porque o Prefeito está se omitindo em relação a uma das principais leis deste Município. Por isso que nós falamos, e estamos cansando de falar nesta tribuna sobre a falta de gestão na cidade de Porto Alegre, pois, além da falta de compromisso com a Cidade - isso é uma falta de compromisso com a Cidade -, além de não aceitar as emendas dos Vereadores desta Casa, que quiseram contribuir com o Município, apresentando emendas para prever recursos para as mais variadas entidades desta Casa, como a Saúde, a Educação, além de elas serem vetadas por ordem do Executivo, agora, mais ainda, Ver. Nedel, o Prefeito se omite de promulgar uma das principais leis deste Município. É lamentável um fato dessa natureza. A omissão do Executivo só pode ser um equívoco. Tenho certeza de que, logo após, virá a esta tribuna alguém do Governo nos explicar o porquê. Porque nós não conseguimos entender, lamentavelmente, tal fato. Nem sei se há precedentes dessa natureza nesta Casa e, se houve, faz muito tempo, porque nós nem sabemos de um caso em que o Prefeito se omitiu dessa forma.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PEDRO RUAS (Requerimento): Nós temos, às 15h, a inauguração de uma etapa de saneamento na Vila Ipê-São Borja. É um trabalho no qual a CUTHAB participou durante um bom tempo, ela tem muito orgulho disso, e agradece S. Exª, o Prefeito, pelas providências tomadas. Pois bem, o Prefeito vai inaugurar e eu gostaria muito, Srª Presidente, que a CUTHAB fosse representada pelos Vereadores Paulinho Rubem Berta e Elias Vidal, podendo ser representada também pelos demais Vereadores, evidentemente, mas, pelo menos, por esses dois, com quem já conversei. Portanto, solicito que eles sejam liberados, sem falta, para representar a Comissão e a Casa nesse evento na Vila Ipê-São Borja.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL (Requerimento): Eu gostaria de fazer uma proposição, já que a Comissão tem que sair. Nós estamos com problema de quórum para votar os cargos da Saúde, Ver. Pedro Ruas, que são cargos importantes. Então, solicito a inversão da ordem dos trabalhos, para que possamos, imediatamente, entrar na Ordem do Dia para votarmos os cargos da Saúde. Após, retornamos à ordem normal, e libera-se a Comissão para a representação.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Consulto o conjunto de Líderes. Se houver concordância, considerarei aprovado o Requerimento. (Pausa.) Havendo a concordância dos Líderes, solicito a abertura do painel eletrônico para verificação de quórum. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Vinte Vereadores presentes.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 14h47min): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Presidente, eu estava no meu gabinete e ouvi, na verdade, parte de seu pronunciamento - e, quando V. Exª fala, toda a Casa fica atenta -, mas eu não entendi uma coisa: o Prefeito sancionou a Lei do Orçamento como um todo, vetou emendas, não vetou determinadas emendas, deixou para a senhora promulgar algumas emendas? Eu não entendi.

 

(Aparte antirregimental do Ver. Mario Fraga.)

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Então, ele sancionou o Orçamento?

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Orçamento sofreu Veto Parcial de 60 emendas e voltou para análise desta Casa. A Casa fez uma construção e derrubou algumas emendas, e agora há uma promulgação final. Bem, o resto do texto o Prefeito não tinha vetado, então nós podíamos considerar que ele estava sancionado, mas a Lei, na sua completude, não estava promulgada. Agora, está promulgada na sua completude, como Lei do Orçamento.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Mas ele sancionou o Orçamento?

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ele não sancionou; ele vetou; ele mandou de volta com Veto Parcial, porque existem três categorias... Está bem, eu entendo.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Eu conheço a matéria como Vossa Excelência. Veja bem, ele pode ter sancionado o Projeto como um todo, sancionado algumas emendas...

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vetado.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: E depois dizer: sobre essas eu não quero me manifestar. É um direito que ele tem. E a senhora vai promulgar, porque é norma cogente. É isso? É só isso que eu queria entender. Não estou fazendo polêmica, eu só queria entender.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

REQUERIMENTO - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. Nº 021/11 – (Proc. nº 1370/11 –Ver. Carlos Todeschini) – requer seja o período de Comunicações do dia 20 de junho destinado a homenagear o Alto Comissariado da ONU para Refugiados – ACNUR.

 

REQUERIMENTO - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. Nº 026/11 – (Proc. nº 1559/11 – Mesa Diretora) – requer seja o período de Comunicações do dia 2 de maio destinado a assinalar o transcurso do Dia do Trabalho e a homenagear a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do RS (FETRAFI-RS), pelo transcurso de seus 68 anos de atividades, bem como a entidade Mujer Renovación, responsável pelo projeto “Mulheres em Construção”.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está bem. Em votação o bloco composto pelos seguintes Requerimentos: Requerimento nº 026/11, de autoria da Mesa Diretora, e nº 021/11, de autoria do Ver. Carlos Todeschini. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que os aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADOS.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 0940/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 011/11, que cria 221 (duzentos e vinte e um) cargos e extingue 39 (trinta e nove) cargos de provimento efetivo na Administração Centralizada do Município.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR, CUTHAB e COSMAM. Relator-Geral Ver. Idenir Cecchim: pela aprovação do Projeto e pela rejeição da Emenda nº 01.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, III, da LOM;

- prejudicada a votação da Emenda nº 01, nos termos do art. 55 do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 27-04-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLE nº 011/11. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 0838/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 021/11, de autoria do Ver. Idenir Cecchim, que concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Luiz da Gama Mór.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Waldir Canal: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA – art. 82, § 2º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM em 13-04-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 021/11. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 021/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM.

Trata-se de uma homenagem importante que o Ver. Idenir Cecchim faz, porque a TAP está abrindo o primeiro voo direto para a Europa: Porto Alegre - Portugal. O Ver. Idenir Cecchim vai complementar, comentando mais um mérito do Sr. Luiz da Gama Mór.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon, só para fazer um adendo ao que V. Exª estava expondo sobre o Vice-Presidente da TAP. O que me levou a conceder o Título a esse importante dirigente da TAP é, também, o fato de ele ser um brasileiro de Cachoeira do Sul, e, na época em que a Varig tirou seus investimentos de Porto Alegre, a TAP assumiu a oficina da antiga VEM, que não só a manteve, como aumentou em quase 50% a arrecadação dos impostos e o número de pessoas empregadas, como engenheiros e técnicos, com crachá de valor elevado. Por isso que este cidadão, Luiz da Gama Mór, foi homenageado por ter feito esses investimentos em Porto Alegre, antes mesmo de a TAP ter criado esse voo direto ligando a Europa ao Mercosul.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3628/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 164/09, de autoria dos Vereadores Emerson Dutra e Pedro Ruas, que obriga as concessionárias do transporte coletivo do Município de Porto Alegre a proverem, nos locais de ponto final de itinerário, condições de abrigo para fins de permanência de seus trabalhadores e dá outras providências.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Luciano Marcantônio: pela existência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Paulinho Rubem Berta: pela rejeição do Projeto;

- da CEDECONDH. Relator Ver. João Bosco Vaz: pela rejeição do Projeto (empatado).

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 14-06-10.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 164/09.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidente, eu ouvi o Ver. Pedro Ruas anunciar uma missão logo em seguida. Acho que esta é uma matéria que necessita de muita discussão, Ver. Pedro Ruas. Então, sugiro a V. Exª que peça uma Sessão de adiamento para enfrentarmos essa discussão. Essa matéria tem uma manifestação de inconstitucionalidade; ela tem mérito. Portanto, é o que sugiro a Vossa Excelência.

 

O SR. PEDRO RUAS: Srª Presidente, eu recebo a manifestação do Ver. Sebastião Melo, e quero explicar o seguinte: quanto ao quórum, nós estabelecemos exatamente só dois Vereadores, Paulinho Rubem Berta e Elias Vidal, para não prejudicar o quórum. E eu permaneci aqui, estava convidado, inclusive, pelo Prefeito para ir lá na inauguração.

Segundo: a Verª Fernanda Melchionna retorna amanhã, então nós gostaríamos de votar com a presença do Ver. Emerson Dutra, que é Suplente da Bancada do PSOL. Mas, eu não estou tirando a razão de Vossa Excelência. Inclusive, na segunda-feira, nós pedimos, e as Lideranças foram sensíveis, para votarmos hoje, porque a autoria deste Projeto é do Ver. Emerson Dutra, mas jamais desconhecendo os fundamentos do ilustre Ver. Sebastião Melo.

Então, é nesse sentido, reconhecendo que V. Exª tem fundamentos, que estou lhe explicando o porquê de eu não poder concordar, e normalmente concordaria, apenas nessa situação, porque já criamos toda uma situação para obtermos essa votação. Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 164/09. (Pausa.) O Ver. Emerson Dutra está com a palavra para discutir o PLL nº 164/09.

 

O SR. EMERSON DUTRA: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, quero dizer que é uma satisfação muito grande ter um ex-Presidente do Sindicato, o Sérgio, atualmente Presidente da Viação Áurea, uma ferramenta do transporte coletivo rodoviário; e também a presença do Ferrão, um rodoviário combatente, também cantor e músico.

Srs. Vereadores, quero falar sobre um tema muito complexo, hoje, no transporte coletivo de Porto Alegre.

Nós estamos falando, neste momento, de oito mil trabalhadores que transportam um 1,3 milhão de pessoas por dia. É muita gente! E esses trabalhadores, hoje, Ver. Brasinha, não estão sendo tratados como deveriam; eles não têm um lugar decente para fazerem as suas necessidades fisiológicas, que é o mínimo que um trabalhador deve ter.

Eu quero a compreensão de todos os Vereadores para entrar nesta luta, porque esta é uma luta da classe trabalhadora em geral, porque onde há um terminal com condições para esses trabalhadores, o próprio usuário pode usufruir também, Ver. Toni Proença, e isso é muito importante. Essa categoria, como eu já frisei, carrega muita gente e começa a trabalhar às 4h30min da manhã, quando saem os primeiros carros, e vai até as duas da manhã.

É muito importante para a cidade de Porto Alegre que nós criemos essa ferramenta, que será bancada pelos empresários. Quero dizer ao Ver. Beto Moesch que não precisa se preocupar com as praças, porque elas serão cuidadas pelas empresas; não serão derrubadas árvores, nada será feito nas praças que possa prejudicar o meio ambiente. Simplesmente queremos dar condições para esses trabalhadores, porque eles merecem esse respeito, porque hoje eles, juntamente com muitos usuários, não têm um lugar que possam utilizar para fazer suas necessidades fisiológicas.

Cito como exemplo o terminal no Beco dos Herdeiros, onde o motorista e o cobrador descem - deixando os passageiros esperando dentro do coletivo - para fazerem suas necessidades fisiológicas, porque não há outro terminal com essa condição. Não parece muito, mas esses trabalhadores carregam 1,3 milhão de passageiros. Então, se vocês votarem a favor deste Projeto, estarão contribuindo com os trabalhadores rodoviários e com os usuários, que são pessoas pobres e que necessitam do transporte coletivo. Isso é muito importante para Porto Alegre, e é muito importante esta Casa demonstrar, independentemente de Partido, que se interessa, sim, com a classe trabalhadora, porque o trabalhador tem que estar em primeiro lugar, ele tem que ser, sempre, reconhecido, e esta Casa tem por missão votar sempre a favor do mais pobre, do mais oprimido.

Peço a todos os Vereadores: vamos votar a favor. Se for necessária alguma modificação, a gente é parceiro, mas vamos votar, porque esses trabalhadores de transporte coletivo de Porto Alegre merecem ser tratados com respeito. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Beto Moesch está com a palavra para discutir o PLL nº 164/09.

 

O SR. BETO MOESCH: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, a intenção do Ver. Emerson Dutra é das melhores, inclusive traz à tona um debate muito importante, não propriamente, Ver. Pedro Ruas, sobre o final de linha, em si, mas sobre um vício que esta Cidade tem: a maior parte dos finais de linha, nesta Cidade, é em praças, o que é totalmente indevido. Aliás, nós temos um problema nesta Cidade, ainda, até hoje - melhorou um pouco: não tem onde fazer, não tem onde colocar, faz na praça, coloca na praça! Nós temos esse problema histórico com os locais que deveriam ser os mais democráticos, os mais importantes da Cidade porque é onde se garante o entretenimento gratuito das pessoas. Estabelecer condições dignas para os trabalhadores de ônibus nos finais de linha, obviamente, nós temos que defender; o problema é quando isso se encontra em praça, o que é indevido. Nós deveríamos fazer o trabalho, aqui, Verª Maria Celeste, de resolver esse passivo de décadas que temos, de colocar os finais de linha em praças. Ou é praça; ou é final de linha! Termos locais para cozinhar alimentos e termos sanitários em praças é um grande problema; nós vamos melhorar as condições daqueles trabalhadores, mas vamos, com certeza, comprometer as condições das praças, que são de todos, inclusive dos trabalhadores. Nós temos que ter esta compreensão: um valor não se sobrepõe ao outro. Nós precisamos garantir qualidade para as duas estruturas, só que, em muitos casos, a estrutura é uma só: final de linha e praça. E aí? Quero colocar, de forma muito sincera, que sou totalmente favorável ao mérito. O problema que trago aqui não diz respeito ao seu mandato, ao seu Projeto; muito pelo contrário, esse é um problema histórico da Cidade, as empresas de ônibus deveriam investir nesses finais de linha, deveriam comprar terrenos. Por que nós, sociedade, temos que emprestar esses locais para as empresas, inclusive para a Carris? Por que jogar na praça, como sempre se faz, também em outros casos, não só o dos finais de linha? Quando vamos terminar com isso? Quando vamos mostrar que, para uma população ter vida digna, ela precisa ter praças livres, e somente praças, e tão somente praças.

Aliás, outro problema que temos que trazer aqui é que voltaram a ocorrer, todos os domingos, megashows na Redenção. Parque é parque; show é show; há locais para se fazer shows, as pessoas querem curtir o Parque, querem jogar futebol, descansar, conversar, caminhar, correr, e não pegar ônibus, sair de ônibus ou assistir a shows em locais inadequados.

Então, acho que este debate é importante no sentido de que devemos, de uma vez por todas, a partir, inclusive, do seu Projeto, ampliar o tratamento desse grave problema.

 

O Sr. Nilo Santos: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Beto Moesch, com relação aos shows nos parques, principalmente no Parque Farroupilha, são um atrativo para as pessoas - apenas discordando do colega. As pessoas estão amando os shows no Parque Farroupilha.

 

O SR. BETO MOESCH: Sim, mas não em todos os domingos, e nós temos locais para isso, como o Anfiteatro Pôr do Sol, por exemplo. E uma coisa é fazermos shows eventualmente, mas não em todos, todos e todos os domingos, inclusive comprometendo o ir e vir de um parque. É uma concepção de Parque, é uma concepção de Cidade que, infelizmente, ou felizmente, em geral temos posições bem diferentes com relação ao que vem a ser um parque e ao que vem a ser uma cidade, e isso é muito bom para o debate. Isso é o que os usuários do Parque falam. Inclusive muitas pessoas estão deixando de ir aos parques, principalmente o da Redenção, aos domingos, por causa disso. O Anfiteatro Pôr do Sol, por exemplo, que é um local apropriado para isso, fica vazio...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Sr. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLL nº 164/09.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, Ver. Emerson Dutra, inicialmente quero ratificar aqui que o Prefeito sancionou o Orçamento. Se ele não tivesse sancionado, nem o salário dos professores seria pago, nem nós aqui teríamos recebido. Portanto, silenciou em relação a três emendas.

Ver. Emerson, o conheço das vezes que assume, das lutas populares; como todos nós aqui, tenho um carinho muito especial por V. Exª, agora, quero fazer aqui algumas reflexões: o senhor está sentado ao lado de um brilhante advogado na área trabalhista. Conheço o Pedro, não sou dessa área, não milito nela, mas esta matéria é trabalhista; essa é a primeira preliminar. Segundo: eu posso, como Vereador - aí vou me socorrer do Ver. Beto Moesch -, obrigar uma concessionária a proceder dessa forma? Se eu obrigo a concessionária a fazer isso - por exemplo, linha “x” dos bairros Menino Deus ou Costa e Silva, cujo final da linha fica na beira de uma praça -, a concessionária, sendo obrigada a fazer, vai lá e crava em cima da praça, porque não possui terreno para isso. Aliás, eu quero dizer a V. Exª que as cidades estão crescendo sem planejamento. Hoje, Ver. Pedro Ruas, não há gravada, no Plano Diretor, nenhuma área para as garagens de ônibus, Ver. Todeschini, e a maioria das garagens, como a da empresa VTC, por exemplo, que está brigando para ir para o bairro Campo Novo, está encravada ali na esquina da Av. Otto Niemeyer com a Av. Cavalhada. O planejamento urbano é uma coisa muito importante.

V. Exª tem mérito de sobra na matéria, mas eu, sinceramente, não vou votar favoravelmente a esta matéria, porque, se ela for aprovada, o Prefeito, obrigatoriamente, vai ter que vetá-la. Aí vem aquela velha ladainha desta Casa: assopra e bate! Muitos da base do Governo, em determinadas matérias, votam favoravelmente e, quando o Prefeito veta, alto lá! Mudam o voto no outro dia.

Então, eu quero dizer que, em respeito a V. Exª, que é um batalhador, Ver. Emerson, que tem ligações com os rodoviários, eu acho que ia ser uma belíssima pauta quando do ajuste dos termos coletivos, com toda a sinceridade. Eu acho que é uma belíssima pauta para dizer: “Olha, eu quero aumento, quero ticket, mas eu quero condições”. Aliás, o Ministério Público do Trabalho deve ser acionado, porque não é possível que um sujeito que pilota um ônibus chegue no final da linha com necessidade fisiológica e tenha que fazê-la atrás da árvore! Ou eu tenho 15 minutos... Até para a segurança do passageiro. Então, V. Exa, está cheio de razão. Agora, eu entendo que não dá para ser dessa forma, primeiro porque é matéria trabalhista; e, segundo, se eu obrigar, vou obrigar como? Construa a casa, mas onde? Então a Lei deveria dizer que as empresas de ônibus ficam obrigadas a construir abrigo para os seus trabalhadores mediante a compra de terreno próximo aos locais de terminais; senão, eu estou dizendo: constrói em cima da praça! E aí alguém vai chegar aqui e dizer: “Os Srs. Vereadores votaram uma lei, mas eles defendem o verde e vão lá...”

Então, com toda a sinceridade, não dá para votar favoravelmente. Não dá, mas dá para elogiar muito, dá para gizar de maneira favorável. Vossa Excelência pode ter certeza de que o Projeto pode não ganhar aqui, mas V. Exª ganha aliados, muitos, porque a causa é extremamente nobre. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLL nº 164/09.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidenta; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu quero, primeiramente, parabenizar o Ver. Emerson pela iniciativa. Este é um assunto bastante discutido. Nos dois anos em que eu tive oportunidade de estar à frente da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, este era um dos assuntos que mais se discutiam, inclusive, mais de uma vez, tivemos que ir a alguma praça onde estavam fazendo uma construção por conta própria e tivemos que derrubar aquela iniciativa de banheiro. Lembro-me de que a última foi ali numa travessa da Rua Orfanotrófio. Quanto ao mérito, ninguém tem dúvida de que é necessário, inclusive é uma Resolução, e o próprio Ministério do Trabalho está cobrando, mas não é em cima das praças que vai se fazer! Eu ouvi a fala do Ver. Emerson, e ele disse: “Não, não precisam se preocupar com as praças, porque quem fizer vai cuidar das praças”. Não é essa a realidade!

 

O Sr. Pedro Ruas: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Eu lhe dou, mas daqui a pouquinho, Vereador. Não é essa a realidade! Primeiro: adoção da praça é uma coisa; cuidar do banheiro é outra. Eu vou dar um exemplo concreto: o Parque Tristezense. Lá tem um banheiro - até quem cuida não é a SMAM, é a Secretaria Municipal de Esportes -, e ele não é aberto. Os motoristas têm uma chave, e eles fecham. Isso é cuidar do banheiro? Não é cuidar do banheiro! Nós até estávamos conversando, não é, Ver. Toni? Então, na realidade, o que deve ser feito cabe à iniciativa privada. Acho que a bandeira que o Vereador tem que defender é a seguinte: as empresas têm que comprar um terreno, e lá dar as condições de trabalho para os seus funcionários.

Eu lhe concedo o aparte, Ver. Pedro Ruas.

 

O Sr. Pedro Ruas: E é brevíssimo. É só para dizer a V. Exª que o Ver. Beto Moesch informa agora que vai apresentar uma emenda excetuando, então, os finais em praças e parques. Essa questão está resolvida. E, aliás, ela não foi lembrada. Vossa Excelência tem razão, porém não foi registrado nada quanto aos banheiros químicos dos táxis, Projeto do Ver. Haroldo de Souza. Mas a emenda do Ver. Beto Moesch me parece que resolve o problema quanto a praças e parques, sobre o que V. Exª tem toda razão.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: É tranquilo, porque não tem como fazer em praças e parques essa consignação, porque o Ministério do Trabalho, de forma insistente, tem cobrado. Os motoristas também sentem essa necessidade, a população é favorável, mas tem que ter o meio-termo. Eu volto a dizer que estou colocando situações que se identificam com essa. Eu tive oportunidade de trabalhar na SMAM e sei que este é um confronto diário, porque é um tensionamento, inclusive até por parte até da própria ATP - ela sabe dessa realidade! Ou seja, o custo de fazer um banheiro em cima de uma praça é praticamente zero; comprar um terreno tem os seus óbices, porque tem pagamento de tributos, manutenção, zeladoria e outras coisas que numa praça não tem! Então, dizer que vai fazer numa praça e vai cuidar da praça não é a realidade! Eu volto a dizer que a situação de praça é diferente de parque. No princípio de praças não existe banheiro, porque quem utiliza a praça são os moradores do entorno. Existe a necessidade de os motoristas e cobradores terem um local para suas necessidades fisiológicas, sim, e essa é a posição do Ministério do Trabalho.

Então, Vereador, quero parabenizá-lo pela ideia. Entrando a Emenda das praças e parques, teremos um outro olhar, porque, caso contrário, não tem como: ou se obriga que os permissionários cumpram isso, ou fica muito fácil: mais uma vez, o Poder Público acaba oferecendo seus espaços, que são preciosos e de toda a população. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para discutir o PLL nº 164/09.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente, Sofia Cavedon; colegas Vereadores e Vereadoras; senhoras e senhores, sobre o Projeto do Ver. Emerson, que vem a debate nesta Casa e que já suscitou diversas opiniões, creio que devemos hierarquizar alguns valores que existem no Projeto para chegarmos a um juízo final sobre a votação. Já venho com a disposição de ser favorável ao Projeto, porque ele propõe algo que vem para organizar a Cidade, relacionado a um serviço público, que é o transporte público realizado no Município de Porto Alegre por concessão.

A primeira preocupação que traz o Ver. Sebastião Melo é que o Município pode exigir isso das concessionárias, mas quem dá a concessão para o serviço público é o Município. Então, isso pode ser uma cláusula definindo que, no momento da concessão, as empresas de ônibus ou as concessionárias devem apresentar equipamentos que ofereçam qualidade aos seus trabalhadores.

A gestão do espaço público é de responsabilidade do Município? Sim, é de responsabilidade do Município. Agora, quantas atividades privadas existem nos espaços públicos? Centenas. E esse caso não é uma atividade exclusivamente para comércio privado, mas é uma atividade que vem dar sustentação aos trabalhadores do transporte coletivo da cidade de Porto Alegre.

Portanto, o mérito que o Projeto traz é oferecer essas instalações, principalmente um abrigo para a permanência dos trabalhadores entre os horários de chegada e de partida dos ônibus e lotações. Quem de nós já não encontrou um motorista dormindo dentro de um ônibus fechado, no intervalo, repousando antes da próxima viagem, descansando? Quem de nós já não encontrou um motorista, tanto de ônibus quanto de lotação, comendo na sua marmita sentado no banco da direção? Vários de nós!

O Ver. Emerson, que é trabalhador do transporte coletivo de Porto Alegre, sabe disso, porque vivencia isso na prática. E nada melhor do que um Vereador que é do setor, que é do segmento, que sofre as consequências da falta desses equipamentos, fazer uma proposição que ajude a organizar a Cidade.

Portanto, eu quero dizer ao Ver. Emerson e, principalmente, aos Vereadores da Base do Governo, que levantaram algumas objeções sob o ponto de vista da aplicabilidade do Projeto, que creio que se inicia um diálogo para se tornar esse Projeto uma realidade. Eu creio que esse é o fundamento que nós iniciamos hoje, porque não ouvi ninguém discordar de que não exista essa necessidade. Se existe essa necessidade, se a Cidade está carente, prezado Ver. Mauro Zacher, por que nós não provocarmos, para que esse serviço possa ser constituído na Cidade? Acho que esse é o grande mérito do Projeto neste momento.

Bom, se tivermos que votar hoje, já declarei aqui que o meu voto é favorável ao Projeto. Um grande abraço!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para discutir o PLL nº 164/09.

 

O SR. PEDRO RUAS: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, este é o primeiro Projeto do Ver. Emerson Dutra que será apreciado nesta Casa. Eu quero dizer, Ver. Toni Proença, que o nosso Ver. Emerson Dutra, Suplente que assumiu no lugar da Verª Fernanda Melchionna, foi, durante muitos anos, cobrador de ônibus. Atualmente, é motorista de ônibus e integrante da direção do Sindicato - aliás, há vários companheiros seus aqui, nossos amigos. Ele é um trabalhador do setor e traduz, neste Projeto, uma necessidade que ele vivenciou com os seus colegas, com seus parceiros de luta, no ganha-pão, na sobrevivência nos ônibus.

Foram felizes os exemplos do Ver. Engenheiro Comassetto. Eu me lembro de muitas vezes, Vereador, ter encontrado motoristas e cobradores, em ônibus e lotações, dormindo e se alimentando. Muitas vezes!

Ver. Sebastião Melo, não é uma questão trabalhista, a não ser secundariamente. Secundariamente sim, mas no conjunto não! Isso é uma concessão de serviço público em que os trabalhadores que atuam no setor têm que ter condições. E não dependem de um dissídio coletivo para isso, apesar de que podem usá-lo também. Eu lembro, há muitos anos, nós tínhamos uma discussão famosa: se a questão do sábado inglês era trabalhista ou uma questão da Cidade. Então, secundariamente sim, é trabalhista, Ver. Emerson. Mas, num primeiro momento, não! É uma questão da Cidade! Os trabalhadores e trabalhadoras de um setor de concessão pública têm que ter condições.

Eu acredito que o Ver. Beto Moesch fez uma observação pertinente. Ela foi repetida e reiterada pelo Ver. Professor Garcia. O próprio Ver. Sebastião Melo fez uma colocação nesse sentido, pertinente! Mas a Emenda do Ver. Beto Moesch, que nos anunciava há pouco, resolve essa questão, Ver. Todeschini, e aquilo que poderia ser, efetivamente, um óbice, passa a ser solucionado, e nós temos plenas condições de, a partir disso, votar favoravelmente.

Eu quero recordar os Vereadores e as Vereadoras que, há poucos dias, nós votamos - e foi aprovado por unanimidade - o Projeto que criava os banheiros químicos para os taxistas, e nós o aprovamos nesta Casa por unanimidade, sem qualquer restrição! Mas nós aceitamos - falo como Líder da Bancada e em nome do Ver. Emerson Dutra, aqui, neste momento - a Emenda produtiva, correta, do Ver. Beto Moesch; votamos nessa Emenda também, excetuando parques e praças, Ver. Todeschini, mas aí me parece que passamos a ter, efetivamente, condições até mesmo de unanimidade, porque eu não imagino no que seriam diferentes as necessidades, basicamente de caráter fisiológico, dos trabalhadores taxistas e dos trabalhadores motoristas e cobradores de ônibus e lotações. Não imagino também que nós possamos dar tratamento diferente a esses trabalhadores, todos exercentes de tarefas oriundas de uma concessão pública.

Portanto, do nosso ponto de vista, superada a questão de parques e praças pela Emenda do Ver. Beto Moesch, nós temos, Ver. Emerson Dutra, condições plenas de aprovar, até mesmo por unanimidade, esse Projeto de autoria brilhante de Vossa Excelência, que aliou a experiência na área a uma criatividade específica legislativa. Pela aprovação. Obrigado pelo apoio que recebemos.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro Zacher está com a palavra para discutir o PLL nº 164/09.

 

O SR. MAURO ZACHER: Srª Presidente; senhoras e senhores Vereadores, eu também gostaria de poder contribuir de alguma maneira, Ver. Emerson. V. Exª está aqui como Vereador e tentando contribuir com a sua experiência, com a sua história, com a sua biografia de trabalhador, ex-cobrador e motorista, e nós reconhecemos a legitimidade da boa intenção. Acho que, realmente, às vezes, quando propomos uma lei, mesmo sabendo que as leis não dão o resultado que gostaríamos, nós estabelecemos um marco legal, trazemos um bom debate, muitos mudamos de opinião, fazemos com que as pessoas conheçam realidades que V. Exª conhece muito bem. Sem dúvida, este é um dos problemas que temos dentro do assunto transportes na nossa Cidade. Então, com mérito, V. Exª traz aqui um belo Projeto, o qual nós gostaríamos de discutir e trazer a este debate, talvez com mais profundidade, porque foi dito nesta tribuna - e tem sido, muitas vezes, uma prática - que nós fazemos, às vezes, um debate apressado, tentando contemplar as boas intenções, os bons projetos, e que não temos esse entendimento por parte do Executivo, com o Prefeito vetando, e nós tendo que, muitas vezes, manter esse Veto.

Como eu sei que V. Exª talvez tenha a perspectiva de que possamos aprovar o Projeto em detrimento do mérito, eu quero só ressaltar à Presidência e ao Diretor Legislativo que nós não tivemos a oportunidade de debater este Projeto com o Executivo, porque, semanalmente, Ver. Emerson, nós, Líderes de Bancada, nos reunimos e priorizamos projetos. Nós priorizamos os projetos que serão votados na semana e que já estão na Ordem do Dia - e quero chamar a atenção da Bancada do PTB, do Ver. Nilo; do PMDB, do Ver. Cecchim; do Ver. Paulinho Rubem Berta e de outras Bancadas -, e quero informar que nós, Ver. Melo, não priorizamos este Projeto na segunda-feira. Este Vereador esteve em toda a reunião, o Ver. Nilo também, e isso não nos deu a oportunidade de discutir com a nossa Bancada e muito menos com o Executivo. Isto que eu estou dizendo, Ver. Emerson, é a possibilidade que nós temos de poder construir a aprovação deste Projeto, para que não passemos pelo constrangimento de o Prefeito vetar e nós termos que manter o Veto. O mérito eu acho que é o entendimento de quase todos os Vereadores, porque o Projeto tem os seus méritos, e poderá ser feita a construção de sua aprovação.

Então, quero salientar, Ver. Toni Proença, que faz parte da Mesa Diretora e que estava na reunião, que nós não tivemos a oportunidade de discutir com a nossa Bancada, nem tampouco com o Executivo.

Acho que é possível uma construção com o Executivo para que nós possamos, então, aprovar o nosso Projeto. Senão, não tenho a confirmação dos meus colegas, mas é bem provável que a nossa Bancada irá encaminhar pela não aprovação do Projeto, em detrimento de não ter discutido amplamente com o Executivo e também com a nossa Bancada.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Mauro Zacher, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, de fato, o Projeto não teve discussão na reunião de Mesa e Lideranças, mas, numa dessas reuniões, a Verª Fernanda o levou à Mesa, talvez num momento em que V. Exª não estivesse, e apenas listado...

 

O SR. MAURO ZACHER: Por favor, Srª Presidente...

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não, nesta segunda que passou...

 

O SR. MAURO ZACHER: Este Vereador tem se feito presente em todas as reuniões, e, se a Vereadora manifestou isso em algum momento, essa manifestação não entrou na priorização nem da semana passada, nem desta semana. Isso eu digo com certeza, porque estava presente, e estou aqui com o Vice-Líder do Governo, o Ver. Mario Fraga, que também afirma que não está priorizado este Projeto.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Nessa segunda-feira, nós não o repassamos, apenas discutimos, e inclusive abri para propostas para a segunda próxima, porque, como na quarta-feira passada não tivemos Ordem do Dia, nós apenas referendamos o que havíamos discutido na semana anterior. Ele está há duas semanas na lista, informa-me o Luiz Afonso, mas acho que nós temos que repassar um a um, de fato, com mais cuidado.

 

(Manifestação fora do microfone. Inaudível.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não, esta é a lista priorizada, porque a lista é enorme, é muito maior do que esta.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, não tem nada a ver com o assunto que está sendo discutido...

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Escuto V. Exª, de qualquer forma.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Eu simplesmente quero entregar a V. Exª um atestado fornecido pelo Dr. Marco Antônio Fossati, pois eu estive em atendimento médico nesta tarde, razão pela qual não compareci nas anteriores votações que aqui ocorreram. Quero fazer esse registro do motivo da minha falta nas três votações que já ocorreram.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está registrado, Ver. Reginaldo Pujol. Obrigada.

 

O SR. NILO SANTOS: Srª Presidente, o Ver. Mauro Zacher citou agora que o Ver. Mario Fraga é o Vice-Líder do Governo, e, até então, a minha Bancada tinha a informação de que o Ver. DJ Cassiá era o Vice-Líder do Governo nesta Casa. Então, apenas para que não haja confusão, nós gostaríamos que o Governo nos informasse se realmente o Ver. DJ Cassiá foi destituído da Vice-Liderança, só para não criar nenhum tipo de constrangimento, porque nós respeitamos e conhecemos a capacidade do Ver. Mario Fraga. Apenas para não ocorrer nenhum mal-entendido. Obrigado, Srª Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Nilo, faço, então, a leitura do ofício que recebi em 19 de abril, que lhes comunico hoje, do Sr. Prefeito, José Fortunati (Lê.): “Cumprimentando-a cordialmente e atendendo ao que dispõe a Legislação em vigor, comunico que o Vereador Mario Fraga assumirá a Vice-Liderança do Governo na Câmara Municipal. Esta indicação se deve ao fato de o Ver. DJ Cassiá ter assumido a Vice-Presidência da Mesa nessa Casa Legislativa. Atenciosamente, José Fortunati”. Em 19 de abril, ele enviou o ofício para cá, e foi recebido em 21 de abril, às 10h30min. Eu disponibilizo o ofício do Sr. Prefeito a Vossas Excelências.

 

O SR. NILO SANTOS: Isso não é problema para nós, é só para esclarecimento.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está bem.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Só um minutinho, Srª Presidente. Eu não tenho nenhum tipo de problema em relação a posições na Casa. Eu teria algum problema no dia em que eu não pudesse defender os interesses da sociedade, para o que fui eleito nesta Casa. Então, sobre a questão de posição, isso não me incomoda. Assim, neste momento, estou retirando o meu nome como Vice-Líder do Governo.

 

O SR. MARIO FRAGA: Srª Presidente, demais Vereadores, por gentileza. Ver. DJ Cassiá e Ver. Nilo Santos, Líder do PTB, só para não fazer injustiças, principalmente a este Vereador, recordo que eu subi à tribuna, agradeci a confiança do Prefeito Fortunati e disse que eu seria o 2º Vice-Líder desta Casa, sendo exatamente o que aconteceu na outra Legislatura: havia um Líder e dois Vice-Líderes. Eu falei da tribuna que o Ver. DJ. Cassiá seria o 1º Vice-Líder, e eu seria o 2º Vice-Líder. Não me incomodo em ser o 2º Vice-Líder, pois estou aqui para servir ao Governo. Nesta semana, quando o Ver. Dib não estava, segunda-feira e quarta-feira, pediu para eu ajudar um pouco mais, e foi quando eu compareci na reunião da Mesa. Quero dizer, mais uma vez, que eu já havia comunicado da tribuna que sou o 2º Vice-Líder desta Casa, e o Ver. DJ Cassiá é o 1º Vice-Líder. Há muito tempo nós estávamos sem o 2º Vice-Líder. Muito obrigado, Presidente.

 

O SR. NILO SANTOS: Srª Presidente, para que não pareça que há algo contra o Ver. Mario Fraga, que é um competente Vereador e amigo da nossa Bancada, digo que a questão não é bem essa. A questão é que nós tínhamos a informação de que o Ver. DJ Cassiá permaneceria como 1º Vice-Líder, e o Ver. Mario como 2º Vice-Líder. Só que o ofício que foi encaminhado está destituindo o Ver. DJ Cassiá da Vice-Liderança do Governo, ou seja, o PTB não é mais Vice-Líder. Nós tínhamos a impressão de que a nossa relação com o Governo era mais próxima a ponto de, no mínimo, nos chamarem antes de destituírem o Ver. DJ Cassiá. Digo isso apenas para que haja esse entendimento. Srª Presidente, está claro para o PTB, neste momento, que não somos mais Vice-Líder do atual Governo. Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Informo que o ofício, Ver. Mario Fraga, encontra-se com a Bancada do PTB.

O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Só queremos fazer um convite ao PTB, ao Ver. DJ Cassiá. Caso o Ver. Pedro Ruas concorde, V. Exª está convidado a ser Vice-Líder da oposição.

 

O SR. PEDRO RUAS: Claro que concordo, com o maior prazer, com a maior honra.

 

O SR. NILO SANTOS: Srª Presidente, o PTB não está em leilão; nós mantemos a nossa posição. Somos da base aliada ao Governo, apenas não ocupamos a Vice-Liderança. Obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Toni Proença está com a palavra para discutir o PLL nº 164/09.

 

O SR. TONI PROENÇA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, é tempo de entendimento, é tempo de conciliação, é tempo de articularmos todos na mesma direção em prol da Cidade. É bom isso, essa é a pluralidade, esse é o Parlamento, essa é a diversidade das ideias e das posições que resultam sempre no melhor interesse da Cidade. Eu não poderia, Presidente, deixar de vir a esta tribuna muito mais para fazer uma homenagem ao Ver. Emerson Dutra, esse militante da Cidade, esse trabalhador que, ao chegar ao Parlamento Municipal, a primeira iniciativa que teve, a sua primeira proposta é, justamente, sanar um velho problema que enfrenta a classe trabalhadora que ele representa como trabalhador, como sindicalista e agora também como Vereador.

Todos os que me antecederam já solucionaram os problemas legais. Por ser uma concessão pública pode, sim, o poder concedente exigir condições de trabalho para os trabalhadores das empresas que têm essa concessão pública. Nós estamos vivendo um período muito rico em Porto Alegre, no qual nos preparamos para a Copa do Mundo. Isto também será um grande cartão de visitas, Ver. Emerson Dutra, se nós pudermos noticiar ao mundo a postura que tem o Executivo Municipal, a sociedade de Porto Alegre e as empresas que operam os serviços de transporte público em Porto Alegre, a preocupação com a qualidade de vida dos seus trabalhadores.

Mas eu vejo que há uma possibilidade de construirmos - salientada pelo Ver. Sebastião Melo; também manifestada pelo Ver. Mauro Zacher - com o Governo a aprovação desse Projeto. O Ver. Mauro Zacher claramente deixou aberta a possibilidade de que, tendo mais prazo, se possa construir a aprovação desse Projeto. Todos os que se manifestaram foram a favor do Projeto. Alguns lembraram de algumas dificuldades legais, se posso dizer assim, que devem ser superadas; muitas já foram, pelas manifestações do Ver. Engenheiro Comassetto, Ver. Pedro Ruas, e o próprio Ver. Sebastião Melo se disse favorável e entusiasmado com o mérito do Projeto. Portanto, o que, talvez, tenha que ser feito, Ver. Emerson Dutra, para que a gente não perca a possibilidade de construir não essa ideia, mas a solução que essa ideia propõe, é V. Exª pedir o adiamento por algumas Sessões, e, com isso, conquistarmos o engajamento do Ver. Mauro Zacher, Líder do Partido do Prefeito na Câmara de Vereadores, o engajamento do Ver. Sebastião Melo e de todas as Lideranças de Bancada, para que construamos a solução de aprovar esse Projeto, que é belíssimo, que tem mérito, que sana um velho problema da categoria, homens e mulheres - hoje temos muitas mulheres que são cobradoras e que são motoristas -, que, ao chegar ao fim da linha, têm que sofrer o constrangimento de “ficar apertado” - como dizia a minha avó, lá de Quaraí -, ou de pedir um banheiro emprestado, seja em um armazém ou em uma residência.

O Projeto tem muito mérito e precisa ser aprovado, mas, se para a aprovação, for necessário esse tempo de construção, eu, humildemente, sugiro a V. Exª que peça o adiamento da votação, para que, somados aos Líderes que aqui se manifestaram favoráveis ao Projeto e que pediram um tempo para construir a aprovação do Prefeito e das Secretarias afins, possamos aprovar o seu Projeto e não perder essa brilhante ideia. Parabéns pela ideia. Saúdo a sua participação na Câmara, porque ela foi vitoriosa até aqui. E se V. Exª concordar em ampliar o prazo, talvez consigamos também dar vitória ao seu Projeto. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PEDRO RUAS: Há uma questão, Presidente, que me parece, agora pertinente e pode fazer uma mudança brusca no andamento dos trabalhos da Casa, que é a seguinte: o Ver. Toni Proença nos faz uma colocação da possibilidade da aprovação, se houver o pedido de adiamento. Evidente, tanto o Ver. Emerson Dutra quanto eu - e ele é o autor intelectual do Projeto - gostaríamos que fosse aprovado, e aceitaríamos, se houver, realmente, Ver. Toni Proença - eu sei que V. Exª está a favor do Projeto, já manifestou -, essa possibilidade de construir junto à Bancada da situação - Ver. Mario Fraga, Ver. Mauro Zacher, Ver. Luciano Marcantônio -, nós adiamos. Não há problema nenhum em adiar. Eu só gostaria de saber se há essa possibilidade, esse diálogo proposto pelo Ver. Toni Proença.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Apregoo a Emenda de Liderança nº 01 ao PLL nº 164/09, que insere artigo onde couber ao projeto. “Artigo - ficam vedadas as instalações de que trata o art. 1º desta Lei em parques e praças”. Justificativa de Plenário. Assinam os Vereadores Beto Moesch, Líder do PP, e Ver. Professor Garcia, do PMDB.

Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Beto Moesch, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 01 ao PLL nº 164/09, à apreciação das Comissões para Parecer. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir o PLL nº 164/09.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, aproveitando a presença do Ver. Emerson Dutra, nós queremos saudá-lo por trazer à Casa as preocupações de um dos setores vitais da Cidade, que é a mobilidade urbana. Não existe transporte se nele não estiver a figura do motorista, do cobrador, enfim, de todos os agentes que atuam nessa atividade extremamente exasperante. Ver. Emerson Dutra, estou aqui referindo, saudando V. Exª, aquele que, como na linguagem de ônibus se diz, “conhece ônibus por baixo”; é aquela pessoa que tem vivência, conhecimento e sabe da relevância do transporte coletivo para uma cidade.

Essa ideia e essa reivindicação, do ponto de vista do mérito, é extraordinária, e o momento é oportuno. Evidentemente há aquelas questões de ordem legal, formal, como sabe V. Exª, que, muitas vezes, dificultam, mas nós temos que encontrar saídas, mecanismos para que se dê um tratamento compatível aos motoristas e cobradores, a todos aqueles trabalhadores que atuam nesta área vital para a Cidade, que é o transporte coletivo. V. Exª conhece muito bem, é desumano o motorista, o cobrador, o fiscal não terem condições mínimas - veja Vossa Excelência - que se asseguram a todo trabalhador na sua atividade permanente. Isto aqui é o mínimo; nós temos que encontrar formas; a sua ideia, evidentemente, terá que ser concretizada. Como isso se dará? Esta Casa e a vontade da Cidade haverão de encontrar, na iniciativa de V. Exª, mecanismos capazes de fazer concretos os recursos para que a categoria dos motoristas, cobradores, fiscais, agentes, enfim, do transporte tenham esse atendimento.

Devo dizer a V. Exª que sou alguém preocupado com a questão ligada à mobilidade urbana, principalmente com os agentes que operam a mobilidade urbana. Tenho, por exemplo, na metodologia de cálculo que produzimos nesta Casa, assegurado o cobrador na roleta. Quando se criaram as catracas automáticas e as roletas, um Projeto de nossa iniciativa assegurou. Até se poderia, numa visão economicista, ter dispensado o cobrador do ônibus, mas não aceitamos isso quando concebemos para a Casa a metodologia de cálculo.

Quero cumprimentar V. Exª e dizer-lhe que a sua ideia, a sua iniciativa, haverá de encontrar uma solução na Casa, vencendo os obstáculos que são naturais, como a questão da iniciativa, vencendo questões formais, mas a sua ideia nós haveremos de concretizar, no sentido de dar esse atendimento humano. É direito inalienável ter, o motorista, o cobrador, o fiscal, seja quem for que trabalhe no transporte coletivo, um tratamento humano, o que se dá a qualquer trabalhador. Cumprimento V. Exª e digo-lhe que pode contar com este Vereador. Evidentemente, temos que superar algumas questões de ordem jurídica e legal. Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não há mais quem queira discutir. Em votação a Emenda nº 01 ao PLL nº 164/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.

Em votação o PLL nº 164/09. (Pausa.)

 

O SR. PEDRO RUAS (Requerimento): Srª Presidente, eu sou lembrado pelas Lideranças, e eles têm razão, de que nós temos uma possibilidade bem concreta, importante, de aprovação do Projeto, talvez por unanimidade; então, solicito o adiamento da votação do PLL nº 164/09 por uma Sessão.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vereador, eu anunciei a votação e já iria abrir o painel para votação do Projeto. Também já votamos uma parte do Projeto, que é a Emenda.

 

O SR. PEDRO RUAS: Eu consulto V. Exª se é possível, por acordo de Lideranças, fazermos o adiamento.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Se todos os Líderes construírem uma alternativa...

 

O SR. PEDRO RUAS: Consulto V. Exª nesse sentido.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Suspendemos a Sessão e convidamos os Líderes para virem à Mesa. Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h56min.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 15h58min): Estão reabertos os trabalhos. Bem, senhores e senhora, retomamos a votação, não temos acordo de Lideranças para anularmos a votação de parte do Projeto; então, solicito a abertura do painel para a votação nominal do Projeto, a pedido do Ver. Nelcir Tessaro e do Ver. Mario Fraga.

Em votação nominal, solicitada pelos Vereadores Nelcir Tessaro e Mario Fraga, o PLL nº 164/09. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 13 votos SIM, 11 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.

O Ver. Professor Garcia solicita Licença para Tratar de Interesses Particulares no período de 2 a 4 de maio de 2011. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o Pedido de Licença permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

Apregoo Memorando nº 069/11, desta Presidência, informando que o Ver. Adeli Sell está representando a Presidência desta Casa na Sessão Solene alusiva ao Dia do Trabalho, que acontece, neste momento, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.

Apregoo o Ofício do Sr. Prefeito Municipal (Lê.): “Srª Presidenta: ao cumprimentá-la cordialmente, comunico a Vossa Excelência e demais Edis, conforme prevê a Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, que me ausentarei do Município das 9h50min do dia 30.04.11 até às 20h35min do dia 01.05.11, ocasião em que estarei em São Paulo para acompanhar a Fórmula Indy naquele Estado, precursora do evento de 2012, nesta Capital.

“Registro, por oportuno, que o ônus para o Município será a cessão de 1 (uma) diária e uma passagem aérea Porto Alegre/São Paulo/Porto Alegre. Atenciosamente, José Fortunati, Prefeito”.

Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Paulinho Rubem Berta, solicitando a retirada de tramitação do PLCL nº 025/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

PROC. Nº 6072/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 263/09, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que institui homenagem à Loja Maçônica A Virtude, constituída por um monumento em granito, sem ônus para o Município, e dá outras providências.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Mauro Zacher: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Engenheiro Comassetto: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM em 23-02-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 263/09. (Pausa.) O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir o PLL nº 263/09.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Srª Presidente, eu apenas venho fazer um registro sobre algo que tenho defendido, que diz respeito aos monumentos em Porto Alegre. Este é um Projeto de nossa autoria, e eu gostaria de fazer a leitura de um documento que faz parte do Projeto. Nossa defesa é no sentido de que as entidades que propõem os monumentos assumam a responsabilidade, além da construção, evidentemente, da manutenção permanente. Por que digo manutenção permanente? Porque o que mais temos aqui em Porto Alegre, Ver. Elói, são monumentos sem o devido cuidado. Sabemos que é uma responsabilidade do Poder Público, mas ele tem as suas limitações também. A quantidade de monumentos nos próprios municipais é grande, são milhares; por isso nós aceitamos esse pedido, Ver. Sebastião Melo, V. Exª, que analisou o Projeto, com algumas condições. Antes, quero registrar que um dos membros desta Loja é o nosso conhecido e querido Paixão Côrtes, que são as seguintes: (Lê.): “Art. 2º Fica a Loja Maçônica A Virtude responsável [nos termos da Lei] pela construção, instalação, inauguração e conservação do Monumento, [permanentemente]”. Por isso, colegas, peço o voto dos senhores ao Projeto, mas fazendo esse registro. Eu que tenho defendido que os nossos monumentos precisam receber um outro tratamento, tanto que é há projetos tramitando neste sentido. Aceitei essa solicitação de propor o Projeto nestas condições, quais sejam, aprovado o Projeto, a construção e a conservação permanente serão por conta da entidade chamada Loja Maçônica A Virtude. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não há mais quem queira discutir. Em votação o PLL nº 263/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3030/09 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 017/09, de autoria do Ver. Elias Vidal, que inclui art. 9º-A na Lei Complementar nº 618, de 10 de junho de 2009 – que institui a adoção de equipamentos públicos e de verdes complementares por pessoas jurídicas e revoga a Lei Complementar nº 136, de 22 de julho de 1986 –, dispondo sobre o cercamento de áreas destinadas ao entretenimento infantil.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Paulinho Rubem Berta: pela aprovação do Projeto;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Toni Proença: pela aprovação do Projeto;

- da COSMAM. Relator Ver. Dr. Raul: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82,

§ 1º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 21-06-10.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLCL nº 017/09, de autoria do Ver. Elias Vidal. (Pausa.)

O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para um Requerimento.

 

O SR. MAURO PINHEIRO (Requerimento): Srª Presidente, o Ver. Elias Vidal não se encontra, e acho que deveríamos passar para o próximo Projeto. Solicito a retirada do Projeto.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Elias Vidal está em atividade na Zona Norte.

Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Mauro Pinheiro, que solicita a retirada de discussão do PLCL nº 017/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

PROC. Nº 4327/10 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 041/10, de autoria do Ver. Mauro Pinheiro, que concede o Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre ao senhor Ademir Rosa Mendes.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Adeli Sell: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 13-04-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PR nº 041/10, de autoria do Ver. Mauro Pinheiro. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação o PR nº 041/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 16h07min): Encerramos a Ordem do Dia. Eu quero agradecer muito aos Vereadores, porque acho que cumprimos o tempo de maneira valorosa.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 0695/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 016/11, de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni, que obriga as empresas que contratarem ou renovarem seus contratos com o Executivo Municipal para a realização de obra pública a reservarem percentual de vagas de emprego para mulheres na área operacional da construção civil.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 1400/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 015/11, que altera o “caput” e os §§ 1º, 2º, 3º e 4º do art. 2º da Lei nº 9.229, de 9 de outubro de 2003, modificando os critérios para os serviços de transporte seletivo por lotação, e revoga os arts. 11, 12 e 14 da Lei nº 9.038, de 13 de dezembro de 2002, o inc. II e o § 2º do art. 1º e o art. 4º da Lei nº 9.229, de 9 de outubro de 2003.

 

PROC. Nº 1401/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 016/11, que regulariza os serviços de transporte individual de passageiros por táxi, em face do disposto na Lei Estadual nº 9.641, de 26 de março de 1992.

 

PROC. Nº 1450/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 017/11, que cria a Secretaria Especial dos Direitos Animais (SEDA) no âmbito da Administração Centralizada do Executivo Municipal, com o objetivo de executar políticas públicas destinadas à saúde, proteção, defesa e bem-estar animal, e cria cargos em comissão e funções gratificadas.

 

O SR. REGINALDO PUJOL (Questão de Ordem): Srª Presidente, nós tínhamos o compromisso de que no dia de hoje seria votado, na primeira oportunidade, o Projeto de Resolução que homenageia a Associação Cristã de Moços. Já tínhamos conversado, inclusive, com a Diretoria Legislativa, e houve uma pequena confusão, e, antes de encerrar a Ordem do Dia, eu pediria a V. Exª para colocar em votação essa matéria.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Reginaldo Pujol, nós estamos com prazo muito exíguo para a homenagem? Como eu encerrei e, inclusive, já chamei o primeiro orador, eu tenho o maior compromisso, e acho que nos passamos, distraímos-nos, mas firmamos o compromisso de votar na segunda-feira.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, fica registrada essa circunstância, porque, várias vezes, tem havido benevolência por parte da Mesa. E, no meu caso, não está sendo.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não, Ver. Reginaldo Pujol, vamos nos corrigir. Já votamos essa homenagem; inclusive já está na Redação Final.

O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadoras e Vereadores, há um conjunto de Projetos na Pauta, mas, no mínimo, dois que considero importantes para a cidade de Porto Alegre. Os dois Projetos são do Executivo Municipal. O primeiro é o Projeto que propõe criar a Secretaria Especial dos Direitos Animais - SEDA -, com o objetivo de executar políticas públicas destinadas à saúde, proteção, defesa e bem-estar animal, e cria cargos em comissão e funções gratificadas. Eu quero abrir essa discussão porque li o Projeto, Ver. Mauro, atentamente. Ele trata da saúde animal. E eu creio que está faltando no Projeto a questão da Saúde Pública relacionada à vida animal, porque nós temos o Centro de Zoonoses, que trata de todas as doenças. Nós temos um Centro de Controle de Zoonose, e isso não está incluído no Projeto, assim como também não está incluída a questão da sanidade animal no Município de Porto Alegre, no que diz respeito à produção agrícola. E hoje nós temos um rebanho em Porto Alegre, seja de suínos, seja de equinos, seja de bovinos. Se vamos criar uma Secretaria para o bem-estar animal, eu creio que não pode ser exclusivamente para os animais urbanos, como os gatos e os cachorros; tem que ser para a totalidade dos animais da Cidade. Eu estive lendo o Projeto, Ver. Marcantônio, e quero trazer essas questões para discutirmos. Se é para tratar da saúde, e aqui fala da saúde e bem-estar animal, não; eu acho que tem que ser da saúde e bem-estar da sociedade, onde, entre eles, a dos animais.

E há um outro detalhe: o Projeto não fala dos animais silvestres! E aí nós temos um problema: em Porto Alegre há muitos animais silvestres por ter uma grande área do ambiente natural, onde também tem aqueles animais que devem ser protegidos, como ocorre na Zona Sul da Cidade, onde nós temos famílias e famílias de bugios, que são, constantemente, Ver. Brasinha, eletrocutados, ou caem na rede elétrica porque não têm uma proteção. Se é sobre a saúde e o bem-estar animal, tem que estar incluída toda essa proteção nesse tema. Trago isso, nessa primeira análise do Projeto, para que nós possamos fazer essa reflexão.

O segundo Projeto que analiso - e cumprimento os moradores da Zona Sul, da Ponta Grossa, que aqui estão - é o Projeto que vem do Executivo, sobre o sistema de lotações de Porto Alegre. É um bom Projeto e vem para organizar o sistema de lotações, criando a possibilidade de haver uma reserva técnica; ele cria os consórcios; ele cria a compensação e a passagem eletrônica. Isso é importante. Agora, vou continuar com o debate, porque este Projeto do Executivo não determina a criação imediata de nenhuma linha de lotação, principalmente para a nossa Região Sul, que não tem.

Estive lendo o Relatório do Ver. Pujol, feito na CCJ, que está equivocado, porque o seu Projeto está extinto, foi revogado, não existe mais, inclusive com um voto seu. E temos que fazer este debate, porque está equivocado o Relatório. Quero abrir esse debate em plenário, porque propus desde o início fazer um diálogo com V. Exª, pois esse tema não é de um ou de dois; é um tema da cidade de Porto Alegre. E não existe nenhum projeto, hoje que crie linha de lotação para a Restinga ou para aquela Região. Nós estamos propondo, porque estamos oferecendo este debate para a Cidade e, quando oferecemos um debate, é para construir com os 36 Vereadores, não é só por demagogia.

Portanto, para concluir, este Projeto do Executivo não conflitua com o Projeto que apresentamos. Queremos fazer este debate fraternalmente com os colegas Vereadores, porque isso é para enriquecer. Como nós faremos as novas linhas? Até onde elas irão? E elevar a número de lotações de 21 para 25 é outro debate: se cai na legalidade ou não, porque, tecnicamente, é possível. Um grande abraço.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. SEBASTIÃO MELO (Requerimento): Presidente, frente à manifestação do nobre Vereador, quero fazer uma consulta formal à Casa: é preciso lei para criar linha de lotação? Gostaria que a Procuradoria respondesse isso, não agora. É preciso ter lei para se criar novas linhas na Cidade?

 

(O Ver. Toni Proença assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Quero contribuir com a resposta ao Ver. Sebastião Melo. O Parecer do nobre Ver. Reginaldo Pujol faz a defesa de Lei já existente, que criou linha, inclusive uma do próprio Ver. Reginaldo.

Portanto, acho que o Parecer do Ver. Reginaldo aponta para a resposta do Ver. Sebastião Melo.

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Obrigado pela colaboração, Ver. Comassetto.

O Ver. Sebastião Melo está com a palavra.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Recebo a contribuição, reconheço o extraordinário advogado, mas eu quero ouvir a Douta Procuradora desta Casa sobre a matéria.

Recebo com carinho a manifestação do Comassetto, mas aguardo a resposta da Procuradora.

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Gostaria que V. Exª encaminhasse a solicitação à Mesa por escrito.

O Ver. Luciano Marcantônio está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. LUCIANO MARCANTÔNIO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, cidadãos, cidadãs, presentes na Casa, o Ver. Mauro Pinheiro, a quem respeito como pessoa e pela sua atuação política, quando se manifestou, nesta tribuna, falando que o Prefeito José Fortunati cometeu um erro ao encaminhar para esta Casa o Orçamento sem sancioná-lo, equivocou-se.

Na verdade, o Prefeito José Fortunati, como é de costume, seguindo todo o processo administrativo, regimental e estatutário, sancionou o Projeto do Orçamento no dia 30 de dezembro, Projeto de Lei nº 11.025; portanto, dentro do prazo.

Como o Prefeito sancionou o Projeto com um Veto Parcial às Emendas, o Projeto volta para a Câmara de Vereadores. A maioria desses Vetos foi mantida por nós, Vereadores. Apenas três Vetos foram rejeitados; e são esses três Vetos que a Presidente da Casa, seguindo o rito normal e o Regimento, vai promulgar. Então, houve total competência, seriedade e responsabilidade por parte da gestão do Prefeito Fortunati, seguindo o rito convencional.

Eu peço ao Ver. Mauro Pinheiro que, por gentileza, se manifeste, num outro momento, retificando o que colocou, porque ele foi mal-informado e cometeu uma injustiça, com a gestão Fortunati. Ele prestou um desserviço, porque desinformou, passou uma informação falsa para a sociedade de Porto Alegre, que está nos assistindo. Então, eu tenho certeza de que o Ver. Mauro Pinheiro, com a grandeza que tem, vai se manifestar na tribuna, retificando essas questões que têm que ficar muito esclarecidas.

Aproveitando também o tempo de Liderança, eu quero colocar que este Projeto da Secretaria de Defesa Animal foi construído pelas Organizações Não Governamentais que defendem os animais, pelos movimentos sociais, foi debatido no Conselho do Orçamento Participativo. E o Prefeito Fortunati, por ter sensibilidade a essa causa, por ser um defensor dessa bandeira tão importante, que é o cuidado que nós devemos ter com todos os animais, teve a grandeza e o compromisso com a grande maioria da população de Porto Alegre, de encaminhar este Projeto para a Câmara de Vereadores. Agora nós vamos estudá-lo, vamos debater entre nós e com a sociedade, vamos fazer as emendas, se forem necessárias, como bem colocou o Ver. Comassetto, que está lendo e está buscando subsídios para aprimorar o Projeto, se for necessário. Agora, o que todos nós estamos cada vez mais convencidos - e foi assim no programa Conversas Cruzadas, do qual eu tive a honra de participar, defendendo a questão da Secretaria - é de que nós precisamos de uma Secretaria, precisamos de uma política pública séria, com estrutura para que, de forma concreta, passe a cuidar da questão dos cuidados dos animais, por causa da saúde e porque uma sociedade civilizada precisa preservar os seus valores morais...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Toni Proença; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu acho que hoje tivemos uma demonstração, Ver. Mauro Pinheiro, de que a pressa e a ânsia de culpar alguém fez com que a Presidente da Casa, o Líder da Bancada - e eu diria que quase toda a Bancada do PT - cometessem uma das maiores barrigadas desta Câmara. O que a Presidente fez, quando veio à tribuna usando o tempo de Liderança? Ela leu para todos os Vereadores que o Prefeito não tinha sancionado a Lei do Orçamento. O Ver. Luciano Marcantônio falou muito bem, mas eu quero ir por outro lado, Vereador, para não cometer injustiça com a Verª Maria Celeste, porque, nesta semana, eu reclamei que a hermenêutica dela estava ruim. Eu fiz uma constatação: a Presidente leu mal o que veio para ela ler, ou foi apressada, ou interpretou mal também. Aí, fez o Líder da Bancada do PT subir à tribuna e também sair acusando o Prefeito, dizendo que não estava entendendo. Agora eu estou sabendo por que esse pessoal faz isso! Vereador, eu queria dar um conselho: a Deputada Luciana Genro está fazendo uma escolinha, e eu queria aconselhar a Bancada do PT, a começar pela Presidente, com todo o respeito, a fazer uma aulinha de leitura, pode ser na escola da Deputada Luciana, pode ser na Escolinha do Professor Raimundo, mas que façam uma leitura antes de lançar ao ar aleivosias, lançar as penalidades, nos cobrando - não dá para fazer isso! Esse assunto é muito sério. É uma constatação. Acho que não houve má-fé, acho que houve uma ânsia de atacar o Prefeito ou de desmerecer o trabalho do Executivo, começando pelo Prefeito Fortunati. Então, acho que se deve ter muito cuidado com as leituras que são feitas.

Eu queria falar de um assunto que ontem foi tocado no programa de televisão Bibo Nunes Show, e é um assunto muito sério. Estava lá o Ver. Adeli Sell, que não tinha conhecimento do assunto e até se propôs a resolvê-lo, mas ele não sabia que o Prefeito Fortunati já foi a Brasília, já teve reunião com o Ministro Jobim, já teve reunião com o DAC, em Curitiba; o Sinduscon foi todo para lá, e não só o Sinduscon, mas as pessoas que precisam trabalhar! Nós temos uma enormidade de obras na cidade de Porto Alegre trancadas por causa do DAC - Departamento de Aviação Civil -, comandado por alguns brigadeiros, uns da reserva, outros não, eu não sei como é que funciona isso. Só que o Município de Porto Alegre não pode ficar de joelhos para o V Comar, para o DAC, para as Forças Armadas, as quais têm a sua função, que não é a de trancar o desenvolvimento da cidade de Porto Alegre! Há zonas de sombra perto do Iguatemi: no meio de dois edifícios de 25 andares, eles proíbem construir um de dez! Isto é um absurdo tão grande, que nós temos de fazer um levante, os 36 Vereadores, o Prefeito, a cidade de Porto Alegre tem que se levantar e ir lá para o V Comar mostrar a nossa indignação com o DAC, com a Aeronáutica! E temos que pedir para que esse Ministro - aproveitar a Bancada do PT, a nossa também, todos que fazem parte do Governo Federal - não se meta assim, pelo menos nesses absurdos tão grandes! A Maria Celeste, que é da Zona Norte, conhece muito bem; lá há uns projetos residenciais do Programa Minha Casa, Minha Vida, perto da Rua Dona Alzira, para os quais a Prefeitura já deu licença para construir e, agora, o DAC resolveu que não pode. Mas isso está acontecendo em toda a parte: na Av. Carlos Gomes, na Rua Dom Pedro II, numa área enorme de Porto Alegre onde a Aeronáutica diz que há zona de sombra, como se os aviões pudessem fazer subida e descida no meio dos prédios! Isso é um absurdo, Ver. Reginaldo Pujol! Não é só o Sinduscon que reclama disso, é a cidade de Porto Alegre que reclama. E o programa Bibo Nunes Show levantou ontem esse assunto tão sério, no qual todos nós temos de nos engajar, reclamar e pedir que a Aeronáutica reestude isso. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Beto Moesch está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, no ano de 2001, esta Casa, este plenário foi palco da Audiência Pública para debater o EIA-RIMA - Estudo de Impacto Ambiental -, do então Programa, cujo trabalho foi aos poucos formatado, o projeto da história de Porto Alegre, o Pisa - Programa Integrado Socioambiental, que tem como finalidade não apenas tratar os esgotos domésticos em mais de 50% da Cidade, mas reassentar famílias que habitam locais inadequados como, por exemplo, o Arroio Cavalhada, e colocar, naquele lugar, um parque linear. Também tem como objetivo criar uma nova reserva no Morro São Pedro - porque ali há nascentes, uma cadeia de nascentes que garantem a qualidade de alguns recursos hídricos que depois chegam ao Guaíba -, fazer o monitoramento de impactos e assim por diante. Isso foi em virtude, primeiro, de uma demanda da sociedade, de uma população que, por um período, deu as costas ao Guaíba, mas que, aos poucos, se volta para o Guaíba e, ao vê-lo, se dá conta de que poderia tomar banho nesse manancial se os esgotos fossem tratados.

Por inquéritos civis, o Ministério Público está exigindo o tratamento do esgoto, e aí, então, surge esse impressionante empreendimento. E o mais importante, ou tão importante quanto, é que isso vem não de um ou dois governos, mas vem de governos, isso é fundamental. Porto Alegre é uma Cidade que tem maturidade e que dá continuidade aos projetos, independentemente se foram iniciados pelo governo anterior - claro, aprimorando e fazendo ajustes em virtude do tempo que vai passando. Ontem, a Comissão de Saúde e Meio Ambiente, presidida pelo Ver. Dr. Thiago, da qual também faço parte, percorreu as obras desse empreendimento.

Veja, Sr. Presidente, como esta Casa acompanha esse Projeto: em 2001, Audiência Pública aqui nesta Casa; em 2003, fizemos o percurso que nós também fizemos ontem, mas ainda como Projeto; em 2005, se conseguiu, finalmente, o financiamento pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento para financiar a obra, que totaliza 500 milhões de reais - a maior obra da história de Porto Alegre e, na minha opinião, a mais importante delas -, que vai não apenas tratar o esgoto daquela parte de bacias que chegam na chamada Ponta da Cadeia, ali no Gasômetro, que representa 50% do esgoto da Cidade, e vai levar tudo isso lá para a Serraria, por 18 quilômetros de tubulações - uma parte, terrestre; outra, dentro do Guaíba. Essa é uma obra inédita nesse conceito; portanto, com uma logística impressionante. Recebe, além dessa área da Ponta da Cadeia, que pega as bacias Arroio Dilúvio e outras, Restinga, Cavalhada, Capivara. E nesses arroios que hoje ainda recebem, embora isso esteja diminuindo, parte dos esgotos que seriam irregulares, porque teria que haver a separação, estão se fazendo os interruptores. Em pouco tempo, o próprio Arroio Dilúvio e o Arroio Cavalhada não vão mais receber esgoto cloacal. Portanto, não é apenas o Guaíba que está sendo saneado, mas esses arroios também, e, com isso, vamos ter mais qualidade e muito menos doenças e pessoas tendo que ser atendidas em postos de Saúde e hospitais.

Então, os nossos parabéns à Prefeitura por estar fazendo esse trabalho e à sociedade, que finalmente prioriza o saneamento ambiental como investimento prioritário. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Registro a presença da liderança da Vila Timbaúva, Sr. Jair, que hoje nos prestigia. Seja muito bem-vindo.

O Ver. Airto Ferronato está com a palavra em uma Comunicação de Líder.

O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; senhoras e senhores, eu vou falar sobre o tema Copa do Mundo mais uma vez; e vou falar, mais uma vez, sobre a questão do Aeroporto Internacional Salgado Filho.

Falei, na semana passada, sobre a nossa visita à Infraero - o Ver. Todeschini, como Vice-Presidente da Comissão, e eu, como Presidente.

Na semana passada, o IPEA divulgou uma pesquisa, Ver. Cecchim, que já se manifestou, primeiro apontando quase o fim dos tempos, dizendo que nove ou dez dos treze aeroportos brasileiros, onde estão as cidades-sedes da Copa do Mundo, não estarão concluídos. E Porto Alegre está nessa condição.

Hoje, temos outra notícia: “Aeroportos: saturados, mesmo com obras”, especialmente o de Porto Alegre, Ver. Cecchim. Se na semana passada foi o IPEA, nesta semana é o SNEA - Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias. José Márcio Mollo, presidente do Sindicato, diz que, segundo a pesquisa, o que vai ocorrer no ano da Copa é o caos completo. É claro que não teremos o que imaginávamos que pudéssemos ter, mas Porto Alegre será uma das sedes da Copa de 2014, por tudo o que ouvimos e pelo que, mais ou menos, nós também acompanhamos. Eu falava, há pouco tempo, com o Ver. Tessaro, que me disse que esteve viajando pela Itália e que lá as coisas estariam muito bem, e aqui complicadas. Eu concordo, só que, segundo temos hoje informações, o estudo da dimensão do aperto vivido pelos brasileiros nos aeroportos diz que os terminais recebem aqui 165 passageiros por metro quadrado, Ver. Aldacir José Oliboni. Lá na Europa, são 143 passageiros por metro quadrado. Isso dá uma diferença de apenas 20%!

Não é esse caos todo, Ver. Pujol, que também esteve conosco no Aeroporto. Ver. Cecchim, Ver. Pujol, se lá recebem 143 passageiros por metro quadrado - está escrito aqui; nos Estados Unidos, 127 passageiros por metro quadrado; e aqui, que é o caos, nós recebemos 165 passageiros por metro quadrado e temos uma projeção de ampliar bastante isso, não será a maravilha do século, mas não é o caos que se diz. E concordo que nós precisamos, urgentemente, desburocratizar. Eu fiz, e já disse diversas vezes, a licitação do Projeto da Av. Goethe. Um ano e meio de Projeto, porque a coisa vai e vem; assina daqui, tem que assinar de lá; se eu assino, V. Exª precisa assinar também... É claro, se nós demorarmos dois anos para elaborar o Projeto, que terá aberta a licitação amanhã, aí sim. E a Presidente Dilma diz que está acelerando também. Se ocorrer celeridade no Projeto, nós não vamos estar como deveríamos estar, talvez, mas estaremos preparados para a Copa de 2014. Não é o caos.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, não fora uma circunstância muito especial, eu haveria de me integrar nessa discussão que se abriu a partir do pronunciamento do Ver. Idenir Cecchim, a respeito dessa situação, que não é de hoje. Há uns dez anos, pelo que eu saiba, se discute a questão do cone de aproximação do nosso Aeroporto Salgado Filho. Sem mais, sei que, nesse período, já houve evoluções tecnológicas, e tem mais: se adquiridos determinados equipamentos, toda essa necessidade de visibilidade para aprovação se altera substancialmente. Quer dizer, não é um problema, como disse o Vereador-Presidente da Comissão da Copa, de desespero absoluto, nem tampouco é um problema da simplicidade do ilustre Presidente do Partido dos Trabalhadores, que, segundo V. Exª, garantiu que o assunto iria ser resolvido com a maior brevidade possível. Não o será, precisa ser enfrentado, porque há, e disse bem o Ver. Cecchim, inúmeras situações envolvendo essa questão.

Mas o importante, Vereador-Presidente, o que me faz vir à tribuna e não falar sobre um assunto tão momentâneo como esse é reconhecer uma situação que vive este País ante a sinceridade tardia da nossa Presidenta Dilma Rousseff, que, implicitamente, reconhece a grande mentira que foi transferida a esta Nação no ano que passou, no ano da sua eleição, quando o seu principal cabo eleitoral, o ex-Presidente Lula, vendeu ao mundo inteiro que o Brasil vivia numa situação excepcional e que a crise internacional, hoje invocada para justificar determinadas situações, não passava de uma “marolinha”, cujos efeitos não prejudicavam o andamento desta grande Nação, que era um verdadeiro exemplo da forma de desenvolvimento para o mundo. Agora, com quatro meses de Governo, as coisas já se alteram. A confissão pública da Presidenta da República, que disparou de novo o gatilho inflacionário, aquela mesma inflação que tinha sido domada a duras penas com o real, recomeça, e a cada mês que passa, as previsões são as menos favoráveis. O que se imaginava da inflação no início do ano, de 4,5%, hoje já admite de 6,6% - acima da banda máxima que imaginavam os economistas e teóricos do Governo. Isso tudo, Vereadora, acontece num País que está dominado pelos apoiadores do ex-Presidente Lula e, agora, pelos da Presidenta Dilma Rousseff e por aqueles outros que são adoidados pela ideia de vir a apoiá-la.

Falo isso em homenagem a V. Exª, que me perguntava, há poucos momentos, se eu iria acompanhar o meu amigo pessoal Gilberto Kassab na sua ideia de criar um novo Partido neste País. Eu disse que não estava voltado a essa ideia e que, de início, vi-me tocado por ela, quando imaginava que se criaria um Partido efetivamente novo, neste País, que fosse alternativa real para as necessidades e que esgotasse esse maniqueísmo entre o PSDB e o PT em que há dez anos se envolve a nação brasileira.

Quando eu vi que a coisa não era bem isso, que era apenas mais um caminho para ser mais grupo de adesistas ao Governo da República, eu recuei dessas intenções, e hoje estou observando, até porque eu ouço até do Presidente Nacional do meu Partido, a expressão de que, no Brasil, não ser de esquerda - ser de direita, obviamente; ninguém entende que quem não é de esquerda tenha outra posição que não de direita - é uma coisa mal-abençoada, pejorativa. E, como eu não sou de esquerda - há 50 anos eu não sou de esquerda, desde que comecei a me definir politicamente -, eu tenho que admitir, então, que sou de direita, dentro dessa postura de exclusão que os teóricos estão a definir.

Então, a esquerda brasileira é que faz toda essa parafernália. E a esquerda brasileira, a rigor, é uma beleza, vai de José Sarney ao Stédile. Da cozinha, periga cooptarem o Ronaldo Caiado para fazer parte da esquerda. Sim, é muito melhor do que o Jader Barbalho, aquele seu Líder do Pará, Ver. Carlos Todeschini.

Para encerrar, parabéns ao grande empresário gaúcho Jorge Johannpeter! Parece que ele já começou a produzir bons aconselhamentos. A mudança de posição da Dilma, que renega as posturas do Lula e começa, segundo ela, a combater, mais uma vez, a inflação, com dureza, só pode ser um bom conselho do seu novo conselheiro, Jorge Gerdau Johannpeter.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadoras e Vereadores; público que acompanha a nossa Sessão no dia de hoje, o Ver. Pujol fez aqui uma bela manifestação, com a preocupação, com certeza, do alinhamento político que alguns Partidos, muitas vezes, são obrigados a fazer. Muitos deles não sabem fazer oposição e acabam se agregando aos Partidos que governam. Não é só no Planalto; acontece em diversos Estados e Municípios pelo País afora. É evidente que, agora, em função da Lei Eleitoral, pelo fato de alguns não poderem migrar para outros Partidos, alguns acabem criando Partidos novos, o que aconteceu com o DEM, do qual muitos estão saindo, e, é claro, há a preocupação do Ver. Pujol, com certeza.

Eu tenho uma colocação a fazer aqui, Ver. Tarciso: o Governo Lula incomodou muita gente e deu resultados concretos ao povo brasileiro. Olhe só, mais de 30 milhões de brasileiros, Ver. Todeschini, saíram da linha da pobreza para a classe média, ou até mais, e passaram a usar o transporte aeroviário - passaram a andar de avião, passaram a utilizar os aeroportos. Por isso, hoje nós temos esse grande problema, que é causado, na verdade, por milhões de brasileiros utilizarem o transporte aeroviário. Nesse sentido é que percebemos que, em função da Copa, agora - o discurso é o mesmo -, teríamos que aumentar os aeroportos para facilitar a ampliação das linhas, e assim por diante. Mas acredito que o povo brasileiro mesmo, nesse sentido, está bem servido de uma forma geral. Se olharmos do ponto de vista do transporte urbano, do transporte coletivo em Porto Alegre e nas grandes capitais, ali é que está o grande foco da tensão e da preocupação do povo porto-alegrense, rio-grandese e brasileiro. A Verª Sofia Cavedon, inclusive, tem feito várias agendas com os Vereadores, em nome da Câmara, para cumprir a atribuição dos Vereadores de fiscalizar o transporte coletivo, o serviço público na Saúde, a coleta do lixo e tantas outras temáticas preocupantes que estão muito a desejar no dia a dia dos nossos cidadãos.

Nós percebemos que os corredores de ônibus hoje, na verdade, criaram um grande problema para a Cidade. Se pegarmos a Av. Farrapos, a Av. Assis Brasil ou a Av. Bento Gonçalves, no final da tarde, são mais de 20, 30 ônibus parados, e algumas transversais, como a Perimetral, ligando a Bento Gonçalves, trancam toda Cidade. É preciso ser rápido e criar mecanismos como viadutos ou outras obras que possibilitem um tráfego mais rápido, mais acessível e mais barato! A passagem por 2,70 reais está muito cara. Ou foi um reajuste para, no próximo ano, por ser um ano eleitoral, não aumentar o índice de inflação? Nós, Vereadores, que vivemos esse dia a dia em que o cidadão nos cobra a superlotação dos ônibus - que, no passado, não era assim -, precisamos criar mais opções, seja com lotações, seja com ônibus adequados, mas maiores, enfim, algo que possibilite linhas mais rápidas, mas temos que fazer com que isso aconteça na Cidade de Porto Alegre!

Esta preocupação do transporte aeroviário foi exatamente isto: o cidadão melhorou a sua qualidade de vida com o Governo Lula, ele saiu da linha de pobreza e passou a utilizar também o avião como meio de transporte. Por isso, hoje, os aeroportos estão superlotados, embora o transporte acabe fluindo com naturalidade.

Nós temos que nos preocupar, sim, é com o transporte coletivo, com o transporte urbano, porque nós percebemos que o cidadão está muito distante da qualidade de vida que ele deveria ter, até porque uma grande quantidade desses ônibus ainda não possui ar-condicionado ou uma ventilação forçada capaz de dar mais segurança à sua saúde. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Apregoo o Requerimento, de autoria do Ver. Sebastião Melo e do Ver. Reginaldo Pujol, que solicita renovação de votação do PLL nº 164/09, conforme justificativa anexa. Informo ao Ver. Emerson que a diferença de 11 para 13 permite solicitação de renovação. Esse Requerimento será votado na próxima Sessão.

Apregoo Requerimento, de autoria do Ver. Waldir Canal, que solicita autorização para representar esta Câmara Municipal no Seminário Internacional “Educação e Desenvolvimento - Integrando Políticas”, em Brasília, no período de 03 a 05 de maio.

O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; demais Vereadores e Vereadoras; os que nos acompanham neste plenário e os que nos assistem pela TV Câmara, está em Pauta, entre outros, o Projeto o que cria a Secretaria Especial dos Direitos Animais - SEDA -, no âmbito da Administração Centralizada do Executivo Municipal, com o objetivo de executar políticas públicas destinadas à saúde, proteção, defesa e bem-estar animal, e cria cargos em comissões e funções gratificadas. Pois, muito bem a todos que nos acompanham, eu quero dizer, de antemão, que sou totalmente a favor das políticas públicas destinadas à saúde, proteção e bem-estar animal; agora tenho, no mínimo, muitas dúvidas e penso ser um equívoco a criação de uma Secretaria para essa finalidade, porque, vejam só: como nós temos carência de recursos, o trabalho que é feito para cuidar dos animais hoje, é feito basicamente pelo Centro de Zoonoses, que é uma parte integrante do Serviço de Vigilância Sanitária do Município de Porto Alegre, pertencente à Secretaria da Saúde. O Centro de Zoonoses faz um belo trabalho, um trabalho voltado e focado para os cuidados com a Saúde pública na inter-relação animal. Pois bem, qual é a preocupação? É que os gastos fixos com essa Secretaria vão chegar ou ultrapassar, Ver. Oliboni, mais de um milhão de reais ao ano, entre cargos, secretário, FGs, veículos e tal. Se a Secretaria não cuidar, por exemplo, de um beija-flor, vai gastar um milhão de reais por ano. Essa é a realidade.

Prefeito, não seria mais importante investir esses recursos no Município de Porto Alegre? Apesar de o Orçamento ser de quatro bilhões de reais, os recursos têm sido sempre escassos. E as atividades-meio têm ocupado a principalidade em vez das atividades-fim, Ver. Oliboni. Veja só: com as Secretarias que foram criadas, do Governo Fogaça para cá, estão sendo gastos mais de 20 milhões de reais por ano, e os resultados objetivos e efetivos são poucos, para não dizer nada, vide, por exemplo, a Secretaria da Acessibilidade, que não produziu nada, a não ser uma Secretaria, porque não se vê inovação nenhuma e não se vê nada, além daquilo que já havia acontecido nos governos anteriores, que eram políticas públicas, sim, destinadas e focadas para a construção de ações para a acessibilidade. E agora qual é o meu medo? Qual é o temor? É que, de novo, essa nova Secretaria acabe tendo um fim em si mesma: manutenção de uma máquina, pagamento de salários, nomeações de CCs, FGs, veículos, etc., porque, afinal das contas, são gastos, se nada acontecer, um milhão de reais por ano. Se esse valor fosse aplicado diretamente nas políticas de bem-estar animal como esterilização, como prevenção, enfim, atacar os fronts que devem ser atacados, não seria mais produtivo? São esses os questionamentos que temos que deixar para a Cidade. Sabemos, reconhecemos e apoiamos a importância de políticas de bem-estar animal; agora, quando se propõe criar uma secretaria, é preciso ter ciente - a todos aqueles que nos assistem, a todos que nos acompanham - que é o valor de um milhão de reais para as estruturas-meio, para as estruturas burocráticas apenas. Disso não está destinado nada para as políticas-fim. Isso é muito preocupante, porque outros exemplos não recomendam bem. Outros exemplos de Secretarias novas deram um resultado pífio, ou melhor, nenhum resultado; parece que a novela se repete. Portanto, temos que refletir sobre isso, já que os recursos são muito escassos, são parcos e, em geral, têm saído do Sistema Único de Saúde, que já muito deficitário em termos de recursos para atender às demandas já existentes, que são enormes. Obrigado pela atenção.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Ilustre Presidente, Verª Sofia Cavedon; V. Exª falou que os Vereadores não tinham programa para o Dia do Trabalho. Eu quero fazer um convite para um programa especial para o Dia do Trabalho. É a 57ª Festa em Honra à Nossa Senhora do Trabalho, na Paróquia Santuário Nossa Senhora do Trabalho, na Av. Benno Mentz, na Vila Ipiranga, no domingo, Ver. Tarciso. Haverá uma procissão às 9h; uma missa campal às 10h e, ao meio dia, um almoço, para o qual são esperadas de 1.500 a 2.000 pessoas. É importante que os Vereadores lá estejam. As bênçãos serão de graça, sim, e as graças serão distribuídas a todos os Vereadores, que, aliás, precisam muito.

Eu queria saudar aqui a presença do meu companheiro Olmir Mazzuco que veio nos visitar aqui na Câmara, seja muito bem-vindo. Esta Casa te recebe com muita alegria.

Ver. Tarciso, muito se tem falado sobre as obras da Copa, sobre atividades. Eu, como Presidente da Frente Parlamentar do Turismo e Presidente da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul, que trata do turismo em Porto Alegre, quero dizer que nós temos já em preparação da Copa, Ver. Tarciso, um empreendimento espetacular em Porto Alegre, que está parado, que é a revitalização do Cais do Porto, um empreendimento sem nenhum recurso público - tudo em PPP. Já houve a licitação; um grupo espanhol/brasileiro já venceu a licitação, e os empreendedores que ganharam a licitação, que precisam começar a trabalhar para fazer os projetos finais de instalação de água, de esgoto, de energia elétrica, não podem tomar posse do Cais Mauá, tudo porque, Ver. Adeli Sell - e aí eu preciso da sua ajuda -, o Governo do Estado não transmitiu a posse da área para os empreendedores.

Então, eu faço aqui um apelo ao Governo do Estado, à Bancada que apoia o Governo do Estado, nesta Casa, para que, por favor, entremos em contato com o Governo, para que deem a posse aos empreendedores, que façam um evento importante de transmissão dessa posse, para que os empreendedores comecem a trabalhar.

Meus colegas, já foram perdidos quatro meses de trabalho neste ano, no Porto; nada aconteceu. Então, eu preciso, Vereador, Srª Presidente, do apoio de vocês, para que o Governo do Estado faça a transmissão da posse imediatamente, para que comecem os trabalhos iniciais para essa execução.

Eu tenho certeza de que tenho o apoio integral desta Casa, porque estamos falando da cidade de Porto Alegre, do maior empreendimento turístico da nossa Cidade, que vai transformar o Centro Histórico numa outra fase, numa outra era, e isso é muito importante.

Eu queria dizer também, já que a burocracia tem trancado o desenvolvimento de Porto Alegre, por falta de contrato de financiamento, de assinatura, de liberação, que a minha Comissão, a Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul vai realizar, no dia 16 ou 17 de maio, uma Sessão Especial para debater a burocracia que atrapalha o desenvolvimento. Nós vamos convidar o setor público, o setor privado, para que se diminua essa burocracia, Ver. Oliboni, que atrasa tudo e atrapalha todos, especialmente o nosso desenvolvimento.

Eu desejo que todos nós nos encontremos lá na festa do trabalho, no próximo domingo, dia 1º de maio, na Paróquia Nossa Senhora do Trabalho, na Vila Ipiranga. Muito obrigado, Srª Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vereador Nedel, o processo do Cais do Porto só está parado, porque a ex-Governadora Yeda acabou criando um litígio com a Antaq, com a dona do Porto, vamos dizer assim, e o Governo Estadual está deslindando esse litígio, buscando um acordo na Justiça, para poder acontecer a obra. Inclusive, na reunião que eu participei com os espanhóis, eles querem essa segurança, já que há uma discussão jurídica em curso. E o Governo do Estado está fazendo o maior esforço, Ver. Nedel, sem ter discutido modelo, nem nada, respeitando tudo o que foi encaminhado até agora, para fazer um acordo na Justiça, pois há um litígio em cima do tema.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Vereadora, eu realmente sou muito grato ao Governo Tarso Genro, que assumiu esse grande Projeto de Revitalização do Cais Mauá, mas todos nós sabemos que a Antaq se equivocou no seu pedido. Há muito tempo, o Cais Mauá não é área portuária. A área portuária de Porto Alegre foi transferida para o Cais Navegantes, o qual que está operando normalmente. Então, já não é necessária essa autorização da Antaq para liberar, pois já está liberado há muito tempo. Então, o acordo é fácil. Eu acho que a Antaq está um pouco empedernida nisso, mas isso é muito fácil. Portanto, eu peço o seu apoio para resolver de imediato esse assunto, porque estamos perdendo tempo, e tempo é vida.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Que bom que é vida, e não é dinheiro. Ver. Nedel, V. Exª, que é legislador há alguns anos, sabe que a mudança de função na vida real, se não for acompanhada do burocrático, da desafetação... E é disto que se trata hoje: o Governo Estadual propôs a desafetação - e eu tenho, inclusive, um pouco de desacordo sobre o tema - da área do Porto; portanto, a formalização da possibilidade da concessão. E quero reconhecer a minha derrota nesse tema.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Esse debate é que atrasa o assunto...

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não, mas este é um debate legal.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Eu faço uma colocação, e a senhora contesta! Quer dizer, o Governo do Estado faz uma contestação; o Governo Federal faz outra, e nós ficamos aqui discutindo e não andamos. Nós queremos é ganhar tempo. Obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito bem, Ver. Dib. Ver. Dib, não, Ver. Nedel, desculpa. O nosso abraço ao Ver. Dib, que está de licença.

Só uma correção, Ver. Nedel, o Ver. Beto Moesch havia falado em tempo de Liderança do PP; então V. Exª falou em Liderança pelo Governo, Ver. Mario Fraga, tomamos a liberdade de assim proceder.

O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Srª Presidente, Sofia Cavedon; colegas Vereadores, Vereadoras; público que acompanha a nossa Sessão no dia de hoje, quero falar de um Projeto de minha autoria, que está em 1ª Sessão de Pauta, que obriga as empresas que contratarem ou renovarem seus contratos com o Executivo Municipal para a realização de obras públicas a reservarem um percentual de 5% das vagas de emprego para mulheres na área operacional da construção civil.

Há pouco tempo, nós comemoramos o Dia Internacional da Mulher, e nós percebemos que naquela semana, ao menos, os discursos ou as manifestações públicas, nos jornais ou nas rádios, falavam exatamente sobre a inclusão da mão de obra feminina no mercado de trabalho. Ali se discutia, Ver. Mario, a possibilidade, inclusive, de os Governos criarem cursos profissionalizantes para poder, então, preparar essas cidadãs para o mercado de trabalho.

E o Governo Municipal, através da SMIC - Secretaria Municipal da Indústria e Comércio -, falava da ideia de uma parceria com o Governo Federal, com o Ministério do Trabalho, para fazer um curso para 700 mulheres em Porto Alegre. E, de fato, esse convênio foi assinado, e nós percebemos que, em seis meses, em um ano, nós teremos qualificadas, pela Prefeitura Municipal, para o mercado de trabalho em Porto Alegre, no mínimo, 700 mulheres, fora os cursos profissionalizantes que hoje são desenvolvidos pelos IFETs - Institutos Federais de Educação -, como também por escolas particulares, mas não vemos nenhuma lei que determine, ou obrigue, que essas cidadãs sejam incluídas no mercado de trabalho.

Então, achamos por bem fazer uma pequena lei, mas de grande valor e cunho social, para que esses serviços licitados pelo Poder Público Municipal, em parceria com os Governo Federal, Governo do Estado e/ou Município - e citaria o Programa Minha Casa, Minha Vida -, possam, então, incluir as mulheres no mercado de trabalho.

Depois disso e de ter estudado o Projeto com esse segmento, eu visitei uma das obras do Programa Minha Casa, Minha Vida, onde havia mais de 140 homens trabalhando, e não havia nenhuma mulher. Trata-se de um empreendimento de 480 apartamentos do Programa Minha Casa, Minha Vida.

Isso, então, reforçou a ideia de que, de fato, nós deveríamos ampliar essa ideia do mercado de trabalho. E olha que eu não mexo muito com o tema, Verª Maristela, mas percebo que é, sem dúvida nenhuma, uma pequena ação que vai possibilitar a inclusão, inclusive, da lógica que o Governo Municipal está trazendo, da preparação dessas 700 mulheres, como de outros segmentos particulares ou federais que estão, de fato, preparando a mulher para o mercado de trabalho.

Eu poderia até dizer que grande parte dessas mulheres - e algumas delas têm mais de 30/40 anos -, infelizmente, está sendo renegada a entrar no mercado de trabalho por causa da idade.

Então, se há um curso profissionalizante, já facilita, com certeza, seja para ser pedreira, eletricista, azulejista e tantas outras funções dentro da construção civil, um mercado que está aquecido, possibilitando, com certeza, a inclusão dessas trabalhadoras nesse pequeno nicho.

Então, solicito a sensibilidade dos Srs. Vereadores ao Projeto que, ao tramitar nas Comissões, está ainda na primeira Sessão de Pauta, para que possamos buscar, discutir, ampliar, implementar emendas, porque é o momento da construção do Projeto. E que nós possamos ter em Porto Alegre uma lei pioneira, em que as empresas que renovarem contrato com o Executivo Municipal reservem, no mínimo, 5% das vagas para mulheres na construção civil. Agradeço pelo apoio.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ADELI SELL: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores, meu caro Nilo, eu vou comentar inicialmente o Projeto do Ver. Oliboni, que acabou de falar. Acho extremamente importante essa questão da reserva de vagas, Verª Maristela Maffei; sei que há cursos sendo realizados na Lomba do Pinheiro, bem como em outras regiões que são extremamente importantes. E há empresas que fazem questão, inclusive, de contratar apenas mulheres para a construção civil, especialmente em algumas funções que são mais delicadas, digamos, e para as quais as mulheres têm mostrado mais capacidade operativa.

Mas eu me pergunto o que é que está havendo neste plenário hoje, pois há projetos do Executivo, Ver. Oliboni, e o Executivo não vai falar sobre o Projeto que cria a Secretaria Especial dos Direitos dos Animais ...

 

(Aparte antirregimental do Ver. Mario Fraga.)

 

O SR. ADELI SELL: Eu estou falando na Pauta, que é um momento também importante. Falou o Vice-Líder do Governo, dizendo que já tinha sido comentado. Eu estou falando na Pauta.

E eu quero discutir, porque todo o mundo aqui sabe do meu apreço pelo tema “proteção aos animais”, a militância que eu tenho nesse setor, e a maioria das leis municipais que tratam de animais são de minha autoria. E eu acho importante uma Secretaria, desde que ela funcione, não seja essa ficção, essa bobagem, essa pirotecnia. E nós vamos ver isso amanhã, na Audiência Pública, com a Secretaria de Acessibilidade, uma secretaria-fantasma, fantasmagórica, não existe, não disse a que veio! Na época, nós dizíamos: isso a EPTC pode e deve ser capaz de fazer. Eu quero vir na Audiência, amanhã, Ver. Mario Fraga, para dizer que essa é uma Secretaria fantasmagórica, cargo por cargo, não fez nada em todo o tempo da sua existência.

Eu posso falar da Secretaria da Juventude - o que aconteceu até agora? Repassadora de verbas e deu problemas em todos os cantos. Então, estamos vendo várias Secretarias que foram criadas, mas que não têm resolutividade. O Governo tem que se entender. Quem vai dirigir a Secretaria? Dirigir uma Secretaria sem discutir claramente onde ficam as Zoonoses? Uma Secretaria que não tem nenhuma indicação sobre cargo de veterinário! Ora, o problema central, hoje, nas cidades modernas, é a castração de animais, e, em Porto Alegre, ainda somada para negatividade, resolveu o problema dos cavalos e das carroças, porque as pessoas têm que ter um trabalho diferente daqui a cinco anos e meio, têm que sustentar as suas famílias, e para onde vão os cavalos? Nenhuma política sobre isso. Não tem nenhuma linha! Eu esperava pelo menos, na Exposição de Motivos, Verª Maristela Maffei, que tivesse uma linha sobre esse tema, e não tem. Além de tudo, é um projeto mal-escrito, malfeito, mal-elaborado, de quem não ouve, porque eu já me reuni duas vezes com a Primeira-dama para tratar desse tema, e eu esperava que, pelo menos, a gente ajudasse em alguma coisa, mas parece que a gente é usado nos momentos em que há a necessidade de discutir o tema, inclusive de mediar conflitos com a Prefeitura.

Então, não me peguem para bobo. Eu quero ver o bem-estar dos animais, eu quero ver a questão das castrações, mas eu quero ver uma Secretaria operativa, e também oito cargos de confiança, incluindo o cargo de Secretário! Para quê? Nós deveríamos fazer um levantamento e deveríamos apresentar, já, um quadro de deslocamento de pessoas dos quadros da Prefeitura que, às vezes, estão sendo mal-utilizados em alguns órgãos para compor a Secretaria do bem-estar animal. Isso não tem, é só falado genericamente. Eu não vou aprovar generalidades! Lei, o Ver. João Dib sempre diz que tem que ser clara, concisa e precisa. Ela não é nem clara, nem concisa e nem precisa. Então, não é lei.

Alguma coisa está errada nesse reino, porque reina a anarquia, reina a incapacidade, reina a incompetência no reino dos animais, e nós queremos botar ordem no galinheiro. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mario Fraga está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. MARIO FRAGA: Verª Sofia, Presidente da Casa; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; público que nos assiste pela TV Câmara; público presente nas galerias, pois é, Ver. Adeli, que sorte que eu estava aí, e eu represento o Governo, conheço V. Exª há muito tempo e prezo a nossa amizade. Num primeiro momento, com relação a este Projeto da criação da Secretaria Especial dos Direitos Animais, Ver. Adeli, como é que as pessoas que estão assistindo à TV - é claro que V. Exª vai explicar outras vezes - vão reagir vendo V. Exª criticando a criação de uma Secretaria para o bem-estar animal? Eu, que conheço V. Exª, sei que V. Exª conhece bem o Prefeito Fortunati e, além de conhecê-lo, conhece a sua esposa e companheira Regina Becker - há muito mais tempo do que eu, com certeza. Há duas pessoas extremamente ligadas ao bem-estar animal: o Ver. Adeli Sell e a Dona Regina Becker, que, por acaso, hoje é a Primeira-Dama. Está certo que nem todas as pessoas que nos ouvem e nos veem sabem disso, mas o Prefeito Fortunati e a sua esposa, Dona Regina, têm mais de 40 animais em casa, lá em Novo Hamburgo. Eles têm mais de 40 animais em casa, não queria dar uma informação equivocada, mas eu acho que são 46 animais. Então, quem escuta o Ver. Adeli fazendo essa crítica, pensa que ele pode ser contra os animais, mas eu dou o meu testemunho: não é. Graças a Deus e graças aos nossos eleitores, já estamos aqui pelo terceiro mandato, mesmo que interrompidos, mas posso dizer, com certeza, que um dos Vereadores que mais incentiva e mais protege os animais nesta Casa é o Ver. Adeli Sell. Por isso, nós não conseguimos entender por que ele vem a esta tribuna e faz essa crítica tão forte à Secretaria Especial dos Direitos Animais. Eu acho que vai chegar o momento de discussão na hora do Projeto, acho que o Projeto está bem elaborado, inclusive com a dotação orçamentária, que é uma coisa muito importante para nós, Vereadores, e tenho certeza de que a Casa vai aprovar. Mais ainda: tenho certeza de que vai funcionar a Secretaria, mesmo com algumas Emendas, que V. Exª tem todo o direito e a sabedoria de fazer.

 

O Sr. Adeli Sell: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Meu caríssimo Mario, vou fazer as Emendas, sim, porque eu quero o bem-estar animal, tenho carinho pela Regina e pelo Fortunati; temos divergências específicas sobre o Projeto, achei-o pessimamente elaborado, mas esse é outro departamento. Eu estou aqui para ajudar a cidade de Porto Alegre. O meu foco sempre é Porto Alegre, a nossa Cidade, os nossos cidadãos, os seres vivos da cidade de Porto Alegre; por isso eu vou ajudar a construir um bom Projeto.

 

O SR. MARIO FRAGA: Obrigado, Vereador. Não esperava outra coisa de V. Exª, tanto que tenho falado isso aqui, e só quis explicar para as pessoas que estão nos ouvindo e nos assistindo, porque podem ter entendido de outra maneira a sua fala, e eu tenho certeza de que V. Exª é um dos que mais defendem os animais aqui na nossa cidade de Porto Alegre. Então, quando chegar o momento, espero que a gente possa conversar, eu, como 2º Vice-Líder do Governo - o Ver. DJ Cassiá é o 1º Vice-Líder e o Ver. João Dib é o nosso Líder -; espero poder conversar com V. Exª sobre algumas emendas. Eu acho que V. Exª pode até ir adiantando para a gente poder ir negociando a colocação das emendas na próxima semana, já que o Projeto vai ser votado. Fica dito aqui que o Projeto vai ser votado na próxima quarta-feira, dia 4 de maio. Então, já estamos avisando que este Projeto está priorizado para o dia 4 de maio.

Também queria aqui, num primeiro momento, dar os parabéns ao Ver. Aldacir Oliboni pelo Projeto que ele apresenta em relação às mulheres. Eu acho que, infelizmente, há essa discriminação, mas eu acho que ela está acabando, e esse Projeto do Ver. Aldacir Oliboni leva a crer que esse é mais um passo para que as mulheres possam se aperfeiçoar para entrar no mercado de trabalho - elas estão entrando aos poucos - da construção civil, e, hoje, a nossa Cidade está precisando de muita mão de obra e, em especial, nós temos que tentar empregar a mão de obra feminina de todo jeito. Então, parabéns, Ver. Aldacir Oliboni. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Encerrada a discussão da Pauta. Cumprimos a votação de projetos importantes, como o dos 221 cargos para a Saúde.

Encerro a presente Sessão, agradecendo a presença de todas e todos, e convido para a Audiência Pública da noite sobre os impactos da Copa na Vila Cristal. Boa-noite! Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h23min.)

 

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